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história local > patrimonio maritimo > Rede Nacional da Cultura do Mar
Rede Nacional da Cultura do Mar : por Manuel Lopes [2004]

[ + patrimonio maritimo ]

 
Rede Nacional da Cultura do Mar

"SIM, PORQUE TODA A GENTE SABE QUE A MEDITAÇÃO E A ÁGUA SE ENCONTRAM INDISSOLUVELMENTE LIGADAS"

* Intervenção proferida por Manuel Lopes na Sociedade de Geografia de Lisboa, no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Mar, celebrado em 16 de Novembro de 2004, com o lançamento dos fundamentos da "REDE NACIONAL DA CULTURA DO MAR".

Desde logo devo adiantar que não possuo outros créditos ou referências, para intervir em tão douta Sociedade, senão aqueles que suportam e iluminam a grande paixão de um bibliotecário pelo Mar. E é sobretudo por isso que estou aqui. Tendo atravessado os mares da nossas gentes, com a Lancha Poveira do Alto, desde a Champana ao Mar dos Galegos, com derivas pela costa até Lisboa, sem esquecer uma extraordinária e viva singradura bretã, movendo-nos, quem sabe, por aquela estranha inquietação marinha de que fala o personagem Melville em "Moby Dick", tão presente, hoje, no ácido dos tempos: "É uma forma de fugir ao suicídio. Onde, com um gesto filosófico, Catão se lança sobre a espada, eu, tranquilamente, meto-me a bordo."

Permitam-me que divida o meu tempo em duas partes: a primeira sobre algumas considerações basilares essenciais á estruturação documental de um projecto que visa criar uma "Rede Nacional da Cultura do Mar", deixando a segunda para abordar duas ou três problemáticas sobre a colmeia piscatória poveira, na perspectiva da "Preservação do Património das Comunidades Ribeirinhas".
Atenção devida aos prolegómenos, passos primeiros e seguros de uma rede interdisciplinar de comunicações e cumplicidades que, em boa hora, se manifesta alargada, abrangente e dialogante. Cobertura geral de um país ribeirinho e insular onde se não podem perder ou iludir os níveis mais diversos e enriquecedores da cultura nacional, complementada a cientificidade das vertentes académicas com a voluntariosa cooperação dos saberes locais.
É neste sentido que me atrevo lembrar a necessidade de introduzir nas questões preliminares do "nosso projecto" alguns trabalhos e acções tão imprescindíveis quanto urgentes.

1 - Avançar para a Inventariação Geral do Património Marítimo Piscatório, tendo em rumo e vista o congraçado esforço do Instituto Português Património Arquitectónico, do Instituto de Museus e do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, traduzido na publicação de dezenas de inventários temáticos e analíticos dos nossos “bens imóveis”. Para as cousas do Mar, entre nós, nenhuma atenção, desta natureza, foi dada até hoje;

2 - Sensibilizar a publicação de um "Thesaurus Iconográfico Marítimo", que inclua também a fixação linguística e o registo comparativo do "Vocabulário / Glossário do Património Marítimo" português, atendendo ao trabalho que foi realizado para o Culto Religioso, com a tradução e adaptação nacional do modelo utilizado pelo Vaticano, o "Thesaurus. Vocabulário [multilingue] de Objectos do Culto Religioso [2004], sob a coordenação de Natália Correia Guedes;

3 - Executar e coordenar o tratamento analítico e interpretativo da documentação iconográfica e iconológica da actividade piscatória no litoral português, constituída pelas mais diversas e dispersas fontes imagéticas: das iluminuras ás gravuras, da pintura á escultura, da fotografia ás artes decorativas....reunindo num só olhar os artefactos e mentifactos mencionados na memória programática da “Rede Nacional da Cultura do Mar", lembrando os objectivos e resultados obtidos, por exemplo, pela nova base de dados de imagens, fixas e móveis [indicações conjuntas pesquisáveis em texto integral]- o "Thesaurus BIMA", desenvolvido pelo Arquivo Municipal de Barcelona, conhecendo-se ensaios de adaptação no Arquivo Municipal da Figueira da Foz;

4 - Dar inicio á publicação da Bibliografia Sistemática e Analítica do Património Marítimo Português, promovendo a continuidade, actualização e realce do trabalho [1965] da autoria que Benjamim Enes Pereira compendiou para a Etnografia Portuguesa, publicado já lá vão quarenta anos, sem esquecendo os contributos vindos de projectos de investigação académica, nomeadamente os que têm sido levados a cabo pelos Professores Henrique Souto e Inês Amorim, entre outros;

5 - Abordar o tratamento documental e a digitalização dos "Livros de Registo de Inscrição Marítima" existentes nos Arquivos das Capitanias Marítimas dos Portos Pesqueiros Portugueses. Na Póvoa de Varzim existe documentação disponível entre 1893 [pescadores nascidos nos finais da segunda metade do século XIX] e a actualidade: 49 livros de matriculas abrangendo mais de doze mil e setecentos pescadores incluindo mulheres inscritas na coadjuvância da actividade piscatória e balnear [banheiros] , bem como numa das mais importantes actividades agro-marítimas da nossa região: a apanha do sargaço. Milhares de registos, fornecendo dados biográficos e profissionais que incluem as cronologias da inscrição e das revalidações matriculares, o nome, apelidos e alcunhas, a filiação, data de nascimento e naturalidade, sinais característicos, desde a altura á cor dos olhos e da pele, domicilio simplificado e outras observações avulsas, com relevância para as ausências emigratórias e respectivos regressos. Mas nesta matéria sobreleva, pela redobrada importância antropológica, o uso pioneiro da identificação fotográfica. Seria preciso decorrer mais de vinte e cinco anos [1918] para a fotografia ser introduzida pelos serviços do Arquivo de Identificação / Bilhete de Identidade. Variável na sua riqueza informativa, caracterológica e etnológica, a fotografia permite indexar descritores referentes á personalidade física, ao modo de vestir e á especificidade do traje, bem como as usanças da moda e outros adereços.

Como acredito que "pelo Sonho é que vamos" deixo para o fim dois desafios:

A) Uma Comunidade Marítima / Uma Embarcação Tradicional - pulsão impositiva e justificação plena num País de Mar, onde a variedade extrema do seu mosaico vinhateiro só tem paralelo na multiforme e fecunda multiplicidade das nossas embarcações tradicionais. Aproveitando os exemplos que nos chegam da Europa onde estamos. Na França, por exemplo, é o "Desafio Jovens Marinheiros 2000", que tem possibilitado criar e desenvolver o trabalho de restauro e construção de embarcações tradicionais, gerando escolas de navegação á vela. Tome-se como exemplo o concurso "Barcos das Costas de França" que suscitou a renascença de quase uma centena de unidades", tendo em linha de conta que "o ensino das matérias marítimas e do património oferecem uma maravilhosa oportunidade de apreender o Mar fora do horário escolar. Descontraídas, as crianças estão particularmente bem colocadas. Para adquirir novos conhecimentos, apreciar as beleza dos objectos, a qualidade dos materiais, a riqueza sub-jacente dos saberes e fazeres das artes marítimas."

B) Para quando um Museu Nacional do Mar? Com visão ampla propiciando a cobertura geral do espaço marítimo nacional, mostrando, estudando e conservando as nossas embarcações tradicionais dando inteira e igual atenção ao período de motorização nos últimos cento e cinquenta anos.

* Em Portugal nunca, até hoje, se poderá dizer que alguma vez existiu um verdadeiro Museu Nacional do Mar, pelo menos semelhante às unidades e complexos museológicos conhecidos por esse mundo fora, com admirativa atenção para o trabalho modelar do museus da Alemanha [Deutsches Schiffahtsmuseum, em Bremerhaven], da Espanha [Museu Maritim Drassanes de Barcelona] e da Inglaterra [Nacional Maritime Museum]

Entrando na segunda parte, duas ou três palavras sobre a comunidade piscatória poveira. Desde logo uma breve visão histórica assente nos contornos e condicio nalismos da geografia e do povoamento.
A história da Póvoa, da aurora da sua fundação - a carta-foral de D. Dinis [9. Março. 1308] , de pronunciado recorte marítimo, concedendo a 54 chefes de família, na sua boa parte pescadores - é feita de Terra e de Mar. Velas e arados rasgando a mesma seara. Água e sonho de idêntica e luminosa aventura. História feita de permanências que atravessam e dissolvem o tempo. Toda a ciência está aqui. No trabalho e nos dias do Homem. Nas marcas e nos sulcos da quilha e da charrua. Geometrias e dinâmicas a quem tudo devemos. Génese de um passado que não é outro senão o nosso futuro.
Assim, importará reter a investigação histórica realizada, mormente pelos trabalhos publicados do historiador local Manuel Amorim, acrescida da não menos importante massa de informação e documentação marítima e piscatória, presente no Boletim Cultural Póvoa de Varzim [1958-2003] , trinta e oito volumes publicados que fazem deste extraordinário repositório uma fonte indispensável da história do nosso concelho.

Na esteira de tão operosos cavoucos importará pesquisar, de igual forma, não só a documentação medieval, como também os "Tombos Paroquiais" das freguesias litorâneas, merecedores de "hermenêutica" adequada, tendo em vista a leitura interpretativa do seu interesse marítimo.

Um exemplo apenas para se avaliar a riqueza e o interesse destas fontes documentais: "A costa marítima do concelho da Póvoa de Varzim estende-se por oito quilómetros, aproximadamente. O tombo velho de Argivai [1589], antiga paróquia da Póvoa de Varzim, aponta o limite daquela igreja com Vila do Conde da seguinte forma: "He de Regufe vai pello caminho abaixo atee ho mar onde está hua Pedra, que se chama Cabidello, a qual está no mar e tem em si hua Cruz, que serve tudo de marquo". E continua com este esclarecimento importante: "E declararão que este caminho, que vai todo asi, como hé termo da Póvoa, porque todo o termo da Póvoa fica limite da dita Igreja". A carta hidrográfica da enseada da Póvoa de Varzim apresenta o "Cabedello" como um conjunto de penedos divididos em cabedelo da terra e cabedelo do mar. A cruz que assinala o limite está no cabedelo do mar, no cabeço mais alto do penedo, o único que o mar não cobria na maré alta. daqui, o limite litoral extingue-se noutra "pedra que está no mar a qual tem uma cruz, he está entre Ramalha e Couve, chamada Pedra do Mendo" (Tombo da Estela, 1700). Esta Pedra do Mendo marcava, desde a criação do Couto da Estela, a divisória com o couto da Apúlia, da casa de Bragança, hoje, do termo de Esposende." [Manuel Amorim, 2002].

Recorrendo ao ilustre historiador local permitam-me que recorra aos dois primeiros itens sua arguta e elaborada síntese:

1 - 1308-1514 - "Povoamento estratégico em ordem à constituição de um comunidade marítima";

2 - 1514-1836 - "Organização da vida pública e da dinâmica urbano-burguesa consequentes da fecunda actividade piscatória";

3 - Construção Naval, contributo poveiro á gesta dos Descobrimentos: a classe dos "carpinteiros de machado".

4 - A Póvoa de Varzim sob o signo do Mar evocada nas suas duas expressões culturais mais emblemáticas:
4.1 - A "Lancha Poveira do Alto"
4.2 - As "Marcas dos Pescadores" / Siglas Poveiras

5 - A importância determinante e identificadora da actividade piscatória. Século XVIII-XIX, oonte para chamar á colação o nunca esquecido estudioso Constantino Botelho de Lacerda Lobo que em 1789 nas suas "Memorias Económicas da Academia Real das Sciencias de Lisboa" escreve: "O estado actual da pescaria da Póvoa de Varzim é o mais atendível da costa da província do Minho: 1º.- Os pescadores são os mais peritos e práticos, que existem em toda a nossa costa desde o Cabo de S.Vicente até Caminha; 2º. - Aqui há um número mais considerável de pescadores, embarcações e aparelhos de pesca, do que em outro qualquer lugar, a quantidade do pescado é proporcionada a estes meios." E para quando uma reedição anotada da obra mor de Baldaque da Silva [1886-189], que apenas beneficiou, em 1991, de uma inacessível edição fac-similada?

O Poveiro conhece os seus mares e nomeia-os pela topologia e especificidade das pescarias. O mar da pedra, o mar novo, o mar da gata, são mencionados como áreas de pesca desde os séculos XVII-XVIII. Os pescadores sempre fizeram uso das mais variadas "artes". Aparelhos e redes equilibradamente adequadas a um sistema racional e empírico de capturas atentamente controladas. Saber de experiência feito, estimulado em função das exigências de conservação da riqueza piscícola e dos interesses vitais da própria sobrevivência da comunidade.
Outros temas a merecer adequada referência e atenção são ainda o Porto de Pesca, gerado pela provisão iluminista de D. Maria I [1791] , impulsionadora da "obra da caldeira", saída do risco do engenheiro militar Reinaldo Oudinot. Espaço também para o que resta da nossa indústria de conservas, para o estabelecimento da qual tanto contribuíram as tecnologias nantesas e algarvias. Por último a atenção que nos merece uma visão do tempo actual, alicerçada em dar a conhecer o Património Natural e Cultural, sua defesa e a valorização, o estudo e a conservação dos recursos humanos e económicos da pesca; o papel desempenhado pelo turismo balnear: Praia de Banhos e Porto de Recreio

Uma referência final ao projecto museológico encarnado pela Lancha Poveira do Alto [lançada á agua em Setembro de 1991], mantida até hoje com o apoio da nossa autarquia, que dela fez sua imagem de marca. Porem a sua conservação e operacionalidade merecem e justificam cuidado acompanhamento. A Lancha Poveira vive, acima de tudo, do voluntarismo generoso de tripulação que tem conseguido, apesar de algumas e notórias dificuldades, passar o seu testemunho num esforço singular de perseverança e continuidade. Trata-se de uma embarcação tradicional provida, ainda, caso único em Portugal, do concurso de hábeis pescadores em actividade e na reforma. Só esta ligação umbilical aos territórios da memória e do "saber-fazer" de uma comunidade, nos pode garantir a abordagem correcta e a possível recuperação de tão preciosa herança da sabedoria marinheira.
Se existe alguma coisa que, de todas as inolvidáveis viagens que partilhamos, sempre recordaremos, é ter podido surpreender o aprazível e consciente despertar de cada um dos pescadores e tripulantes da Lancha, para as antiquíssimas práticas de "leitura" e da observação do Mar e do Céu, do voo das aves, do movimento das marés e da linguagem do vento. Conhecimentos empíricos e experimentais da orientação marítima e da meteorologia popular que não foram, de todo, esquecidos e agora regressam em toda a sua força tranquilizante e criadora.

MANUEL LOPES


Alguma bibliografia revisitada:

AMORIM, Manuel
2002 - O Litoral Poveiro, in "O Litoral em Perspectiva Histórica (Séc. XVI a XVIII) ". Actas, Porto, Instituto de História Moderna / I&D,p. 21-40, il.
2003 - A Póvoa Antiga. Estudos sobre a Póvoa de Varzim. Séculos X-XVI, col. "Na Linha do Horizonte. Biblioteca Poveira/ 5, Póvoa de Varzim, Câmara Municipal, 312 p.. il.

BURKE, Peter
2001- Visto y no visto. El uso de la imagem como documento histórico, trad. de Teófilo de Lozoia, Barcelona, Editorial Crítica, 285 p., il

CÂMARA MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM
1958 - Boletim Cultural "Póvoa de Varzim", Póvoa de Varzim, Câmara Municipal, 38 volumes, 1958-1959; 1964-2003

CHASSE-MARÉE
1996 - Transmettre l'éritage. Déffi Jeunes Marins 2000, Douarnenez, Revista "Chasse-Marée", Nº.103, Dezembro, 19-31 p. il.

DOMÉNECH I FERNÁNDEZ, Sílvia
1997 - Tesaure BIMA, Barcelona, Arxiu Municipal, 127 p.;

GONZÁLEZ, Manuel António Castiñeiras
1998 - Introducción al método iconográfico, Barcelona, Editorial Ariel, 251 p., il.;

GARNIER, François
1984 - Thesaurus Iconographique. Systéme descriptif des représentations, Paris, Ministére de la Culture / Le Léopard D'Or, 239 p., il.

GUEDES, Natália Correia [coord.]
2004 - Thesaurus. Vocabulário de Objectos do Culto Católico, Vila Viçosa, Fundação da Casa de Bragança / Lisboa, Universidade Católica, 239 p. il.

FILGUEIRAS, Octávio da Lixa
1995 - O Barco Poveiro, Póvoa de Varzim / Porto, Câmara Municipal da Póvoa de Varzim / Contemporânea Editora, Lda, 231 p. il.

LOBO, Constantino Botelho de Lacerda
1789 - Memoria sobre a preparação do peixe salgado, e secco das nossas pescarias, in «Memorias Economicas da Academia Real das Sciencias de Lisboa», tomo IV, 1812 * Edit. Póvoa de Varzim, Col. Estudos Poveiros Nº.2, Liv. e Tip. "Gráfica da Póvoa", 1955, 27 p. * Transcr. BCPV, I-2, p. 239-241;

MELVILLE, Herman
1851 - Moby Dick, trad. de Alfredo Margarido e Daniel Gonçalves [1962], Lisboa, Relógio d'Água Editores, 1990, vol. I, p.25-26.



 
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