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Padre José Joaquim Martins Gesteira




 

O Padre José Martins Gesteira nasceu em 19 de Novembro de 1814, na então rua da Calçada (casa, dantes, nº. 20 e actualmente nº. 40 da Praça do Almada) e faleceu em 4 de Agosto de 1891 na sua casa, nº. 8, da rua do Visconde. Cândido Landolt, a pag. 55 do seu livro «O meu Panteon», Póvoa de Varzim, 1912, afirma que o Padre Gesteira faleceu no ano de 1890, erro de data que tem sido repetido por vários biógrafos do saudoso historiador poveiro.

Ido aos 14 anos para Pernambuco (Recife), onde tinha família, e regressado aos 18 anos, para lá voltou tempos depois, recebendo ordens sacras sob a protecção de D. João da Purificação Marques Perdigão, natural de Viana do Castelo e Bispo daquela cidade brasileira.

Músico, poeta, orador sagrado, jornalista e político, escreveu: uma história da nossa terra intitulada «Memorias Historicas da Villa da Povoa de Varzim», Porto, 1851; publicou dois opúsculos com sermões, intitulados «Oração na solemnidade da aclamação d’el-rei o senhor D. Pedro V, celebrada em acção de graças pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim em 16 de Septembro» (Porto, 1856, com 19 páginas) e «Oração recitada em acção de graças pelo glorioso pontificado do SS. Padre Pio IX. Na igreja matriz da Povoa de Varzim em 21 de Junho, 25 anno da sua exaltação ao Solio» (Póvoa de Varzim, 1871, com 13 páginas).

Concorreu por duas vezes a deputado pelo círculo político de Vila do Conde-Póvoa de Varzim (a nossa emancipação política só foi obtida em 6 de Abril de 1886, passando a ser o círculo nº. 25), tendo, de ambas as vezes, perdido, por roubalheira eleitoral. Ouçamos Cândido Landolt: «… também foi um grande político [o Padre Gesteira], - desejando erguer bem alto o nome do seu berço natal, defender no Parlamento os vitaes interesses da Póvoa e, nomeadamente, da classe piscatória, aceitou, por duas vezes, a proposta do povo, para receber o diploma de deputado oposicionista contra os governamentaes apresentados ao círculo unido de Villa do Conde-Póvoa [contra os governamentais, Tomás Lobo, que foi Governador Civil do Porto e Conselheiro José Figueiredo de Faria, de Vila do Conde), sendo das duas vezes a eleição roubada á força armada. Da última vez, era tal o popularidade do Padre José Gesteira, que o povo, no meio da sua grande exaltação patriotica, e no ímpeto do seu desespero e enthusiasmo, ergueu-o nos braços, levando-o em triumpho pelas ruas da povoa, aclamando-o com delirantes ovações e fazendo repicar os sinos das torres, em sinal de publico regozijo!» (Revista Quinzenal «A Povoa de Varzim», 1º. Ano, 1912, nº. 8, e «O meu Panteon, 1012, págs. 54- 55).

Sofreu perseguições políticas, tendo-se refugiado, durante um ano e meio, no Porto, em casa do seu amigo [também poveiro] Comendador Francisco Fernandes de Castro, de onde regressou à Póvoa, no dia 15 de Maio de 1860. São desse período as cartas de Frei Sebastião dirigidas ao Padre Gesteira, que me foram oferecidas por sua sobrinha, D. Filomena Gomes Loureiro e que Fernando Barbosa publicou e comentou no Boletim Cultural «Póvoa de Varzim», Vol. II, 1915, nº. 1, págs. 81 a 132.

Manuel Silva referiu-se a este acontecimento, ao escrever: «O Padre José Gesteira era culto e escrevia com facilidade e tinha uma veia satírica apreciável. Aí por 1850 e tal, foi proposto deputado e obteve uma votação notável, pelas suas ideias liberais e por cobrir a sua candidatura com as reclamações da classe piscatória; mas essa eleição foi audaciosamente falseada, pelos representantes da política adversa, que era a do governo de então, da nada lhe valendo os protestos dele e dos amigos, pelo que não foi ao parlamento» (Monografias Poveiras, in «A Voz da Póvoa» de 23 de Junho de 1938, artigo transcrito no Boletim Cultural «Póvoa de Varzim», Vol. I, 1958, nº. 2, págs. 203 a 207).

Os jornais locais «Independencia» de 10 de Agosto de 1891 e «Estrella Povoense» de 9 de Agosto de 1891 referem-se ao falecimento do Padre Gesteira, dizendo este último jornal: «Era um eclesiástico muito ilustrado, um excelente músico – cantor e compositor -, uma apaixonado cultor das Musas e um literato muito apreciável, possuindo uma selecta livraria, que conseguiu reunir à custa de muitos trabalhos e sacrifícios pecuniários… honrou as colunas deste jornal com os seus artigos sempre sensatos e humorísticos».

Disse Cândido Landolt que o Padre Gesteira, parecendo «um homem aspero e rude» era, afinal, «uma creatura sympathica, provocando imenso riso ao contar as finas ironias em portuguez ou em italiano [estivera algum tempo em Roma], e as suas jucosas (sic) partidas, sublinhadas com espírito», acrescentando que «viveu sempre rodeado da inveja dos cretinos a quem a sua pena escalpelizava sem piedade, e asua memoria foi votada ao mais ultrajante esquecimento como as suas cinzas foram perdidas no labyrinto do antigo cemitério das Dores».

Viriato Barbosa acrescentou que «o município ainda não prestou a este poveiro ilustre a homenagem a que a sua memoria tem jus» («A Póvoa de Varzim», Porto, 1937, pág. 137).

Pois essa homenagem está prestada, dando-se o nome do Padre Martins Gesteira a uma rua poveira. É uma rua modesta e pouco importante? Sem dúvida que sim, mas, de qualquer modo, fica a sua grata memória perpetuada na toponímia local.

A placa toponímica desta rua, por lapso do seu executor, indica o apelido Giesteira, quando na realidade é Gesteira.

Jorge Barbosa – Toponímia da Póvoa de Varzim, Vol. III, 1975, pp. 155-156.



Memorias Historicas da Villa da Póvoa de Varzim, pelo presbytero José Joaquim Martins Gesteira, opúsculo saído da tipografia de J. J. Gonçalves Basto, no largo do Corpo da Guarda, 106 – Porto – 1851/2. Teve uma 2ª. edição da Tipografia Landolt – Póvoa de Varzim. É interessante e mostra ser uma actualização da obra de Veiga Leal. O Padre José Gesteira era culto e escrevia com facilidade e tinha uma veia satírica apreciável.
Silva, Manuel – Monografias Poveiras. Póvoa de Varzim Boletim Cultural, vol. I, nº 2 (1958), pp 204-207.


Jornalista vigoroso, publicou muitas criticas nos periódicos de combate, deixando impressa a sua principal obra Memorias Histórias da Póvoa de Varzim, fonte aonde téem ido beber todos quantos desejam falar desta encantadora terra da beira-mar.
Landolt, Cândido — O meu Panteon: onde se acha os homens que mais engrandeceram a vila e o concelho da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim: Tipografia Landolt, 1912. p. 54.


Músico, poeta, orador sagrado, jornalista e político, escreveu: uma história da nossa terra intitulada «Memorias Historicas da Villa da Povoa de Varzim», Porto, 1851; publicou dois opúsculos com sermões, intitulados «Oração na solemnidade da aclamação d’el-rei o senhor D. Pedro V, celebrada em acção de graças pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim em 16 de Septembro» (Porto, 1856, com 19 páginas) e «Oração recitada em acção de graças pelo glorioso pontificado do SS. Padre Pio IX. Na igreja matriz da Povoa de Varzim em 21 de Junho, 25 anno da sua exaltação ao Solio» (Póvoa de Varzim, 1871, com 13 páginas).
Barbosa, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim, Vol. III, 1975, pp. 155-156.


Sobre o autor

  • AMORIM, Manuel - Migalhos de História – 17 - Uma nota biográfica, inédita do Padre Gesteira. O Notícias da Póvoa de Varzim, Ano XII – Nº. 522, 13.Outubro.1993, p. 1 e 3.

  • BARBOSA, Jorge - Emendas inéditas do Pe. José Joaquim Martins Gesteira às suas «Memorias historicas da Villa da PÓVOA de Varzim». Póvoa de Varzim Boletim Cultural, volume V, nº 1, (1966), p. 5-17.

  • CARTAS DE FREI SEBASTIAO PARA OS PES. JOSE GESTEIRA E JOSE RODRIGUES. Póvoa de Varzim Boletim Cultural, volume II, nº 1, (1959), p. 81-132.

  • LANDOLT, Cândido — O meu Panteon: onde se acha os homens que mais engrandeceram a vila e o concelho da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim: Tipografia Landolt, 1912. p. 54.

  • SILVA, Manuel - Monografias poveiras. Póvoa de Varzim Boletim Cultural, volume I, nº 2, 1958, p. 204-207.

    Toponímia

    ...

    Rua do Padre Martins Giesteira
    Em sessão camarária de 19 de Janeiro de 1966 foi apresentada e aprovada uma proposta da Comissão Municipal de Toponímia, para que “a rua localizada entre a parte média da rua 1º de Maio e a linha do caminho-de-ferro, passando sob o aqueduto, se denomine Rua do Padre Martins Gesteira, historiador da Póvoa.
    Já o jornal local Idea Nova, no seu número de 14 de Novembro de 1936, em artigo intitulado Nomes de Ruas, sugeria que a uma via pública da Póvoa fosse dado o nome do P. José Gesteira, o bom patriota a quem devemos os primeiros e principais trabalhos de investigação histórica da nossa vila e concelho. Não se trata de um assunto que se relacione com a história da Póvoa em que o seu nome e opinião não sejam invocados. (...)
    BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Póvoa de Varzim: Câmara Municipal, Vol. XIII, nº1 (1974), p. 121-123.



    De 7 a 31 de Janeiro 2015

    Na Biblioteca Municipal

    Ver também:

          •     Folheto bio-bibliográfico  

          •     Galeria de imagens  




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