| |
Günter Wilhelm Grass (Danzig, 16 de outubro de 1927 - Lübeck, 13 de abril de 2015) foi um autor, romancista, dramaturgo, poeta, intelectual, e artista plástico alemão. Sua obra alternou a atividade literária com a escultura, enquanto participava de forma ativa da vida pública de seu país. Recebeu o Nobel de Literatura de 1999. Também é reconhecido como um dos principais representantes do teatro do absurdo da Alemanha. Seu nome é por vezes grafado Günter Grass.
Günter Wilhelm Grass estudou em Danzig (hoje Gda?sk, Polónia) e, aos dezessete anos, foi convocado a servir nas forças armadas da Alemanha nazista na Waffen-SS. Ferido na guerra de 1945, foi preso em Marienbad, então Checoslováquia, e libertado no ano seguinte. Trabalhou em minas e fazendas e como aprendiz de pedreiro e estudou desenho e escultura na Academia de Arte de Düsseldorf no final da década e frequentou a Academia de Artes de Berlim de 1953 a 1955.
Já escrevia poemas, lidos para um grupo de escritores influentes, o Grupo 47, mas só depois de mudar para Paris, em 1956, passou a se dedicar à literatura e publicou seu primeiro êxito como escritor, o romance de crítica social "Die Blechtrommel" (O tambor, 1956). Seguiram-se "Katz und Maus" (1961) e "Hundejahre" (1963). Também escreveu poesias e peças de teatro, como em "Noch zehn Minuten bis Buffalo" (1957) e "Die Plebejer proben den Aufstand" (1965). De ideais políticos de esquerda, participou de forma ativa da vida pública de seu país e provocou polêmica em torno de sua produção, renovou a literatura alemã do pós-guerra por meio de textos de ironia e do grotesco, especialmente satirizando a complacente atmosfera do milagre econômico da reconstrução pós-nazista. Entre essas obras de produção mais recente está "Unkenrufe" (1992), traduzido no Brasil como Maus Presságios.
Com uma obra que contesta, desde o início, as ideias nazistas que o atraíram na juventude, hoje é considerado o porta-voz literário da geração alemã que cresceu durante o nazismo, e descreve a si mesmo como um Spätaufklärer, um devoto da iluminação em uma era cansada da razão. Ainda destacam-se as novelas "Der Butt" (1977), "Das Treffen in Telgte" (1979) e "Die Rättin" (1986).
Fonte
Selecção bibliográfica do autor
Caixa, (A): histórias da câmara escura. Alfragide: Casa das Letras Editores, 2009. ISBN: 978-972-46-1920-0. Cota: 830-GRA-G.
Escrever depois de Auschwitz. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2008. ISBN: 978-972-20-3651-1. Cota: 830-GRA-G-8.
Gato e o rato, (O) . Lisboa: Diário de Notícias, 2003. ISBN: 84-96180-01-8. Cota: 830-GRA-G-6.
Linguado, (O) . Lisboa: Editorial Inquérito, Cota: DP-830-GRA-G. (consulta local).
Longa história, (Uma) . Lisboa: Editorial Presença, 1998. ISBN: 972-23-2346-6. Cota: 830-GRA-G-4.
Mau agoiro. Venda Nova: Bertrand Editora, 1994. Cota: 830-GRA-G-3.
Meu século, (O) . Lisboa: Editorial Notícias, 2001. ISBN: 972-46-1137-X. Cota: 830-GRA-G-5.
Passo de caranguejo, (O) . Lisboa: Editorial Notícias, 2003. ISBN: 972-46-1470-0. Cota: 830-GRA-G-7.
Pregado, (O) . Alfragide: Casa das Letras Editores, 2011. ISBN: 978-972-46-1957-6. Cota: 830-GRA-G.
Ratazana, (A) . Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1999. ISBN: 972-20-0918-4. Cota: 830-GRA-G-2.
Tambor de lata, (O): romance. Alfragide: Publicações Dom Quixote, 2009. ISBN: 978-972-20-3222-3. Cota: 830-GRA-G.
Selecção bibliográfica sobre o autor
CASTRO, José Coutinho e – Günter Grass e a cidade: Danzig-Gdansk, o tempo e espaço fictícios e reais. Lisboa: Livros Horizonte, 1985. Cota: 830(091)-GRA.
De 18 de Abril a 9 de Maio 2015
Na Biblioteca Municipal
Ver também:
•
Gunter Grass no Portal da Literatura
•
Gunter Grass - 30 anos ligados a Portugal
•
Morreu Gunter Grass - Público
|