Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski Moscou/Moscovo, 30 de outubro de 1821 - São Petersburgo, 28 de janeiro de 1881 foi um escritor, filósofo e jornalista do Império Russo. É considerado um dos maiores romancistas e pensadores da história, bem como um dos maiores "psicólogos" que já existiram (na acepção mais ampla do termo, como investigadores da psiquê)
Entre outros temas, a obra do autor explora o significado do sofrimento e da culpa, o livre-arbítrio, o cristianismo, o racionalismo, o niilismo, a pobreza, a violência, o assassinato, o altruísmo, além de analisar transtornos mentais, muitas vezes ligados à humilhação, ao isolamento, ao sadismo, masoquismo e ao suicídio. Pela retratação filosófica e psicológica profunda e atemporal dessas questões, seus escritos são comumente chamados de romances filosóficos e romances psicológicos.
Dostoiévski logrou atingir certo sucesso com seu primeiro romance, Gente Pobre, o qual foi imediatamente elogiado e protegido pelo mais importante crítico russo da primeira metade do século XIX, Vissarion Belínski.[9] Contudo, o escritor não conseguiu repetir o sucesso até seu retorno da Sibéria, quando escreveu o semibiográfico Recordações da Casa dos Mortos, tratando dos anos que passou na prisão. Essa obra foi considerada por Liev Tolstói como o melhor livro de toda a literatura moderna. Alguns anos depois, sua fama aumentaria ainda mais graças aos romances Crime e Castigo, O Idiota e Os Demônios. Já próximo da morte, seu romance Os Irmãos Karamazov o colocaria como um dos maiores escritores de todos os tempos.
A influência de Dostoiévski é imensa, tendo ele sido reconhecido como precursor dos seguinte movimentos: nietzscheanismo, psicanálise, expressionismo, surrealismo, teologia da crise e existencialismo. Fonte
SELECÇÃO BIBLIOGRÁFICA DO AUTOR
Um sonho do tio: das crónicas de Mordássov. Lisboa: Assírio & Alvim, 2000. ISBN: 972-37-0573-7. Cota: 882-DOS-F-1