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Lançamento do livro
"Francisco Gomes de Amorim: revolucionário e repórter de rua"




 

Francisco Gomes de Amorim (Aver-o-Mar 13.08.1827; Lisboa, 04.11.1891)
«Datas de família, e lembranças acerca de meus filhos», autógrafo datado de 26 de Abril e de 1 de Julho de 1887, é uma resumida e inacabada autobiografia de Francisco Gomes de Amorim. Num longo parágrafo da segunda página, há umas tantas disposições testamentárias do escritor: «Desejava que Deus me desse vida até poder escrever as minhas Memórias, em que há muito que aprender, para quem quiser e souber; mas se a vida me faltar, sem que as possa escrever, peço a minhas filhas e filho, que reúnam em volume todos os meus artigos soltos, notícias biográficas de pessoas amigas e conhecidas; folhetins (procurem na Revolução de Setembro, 3 ou 4 nºs, os que escrevi sobre o Relvas; deve ser de 186… e tantos em diante); introduções, por mim escritas a livros alheios (o álbum do actor Santos, Reverberos, de D. Mariana d’Andrade, etc.); peças de teatro; poesias, a que se pode pôr o título de Últimos versos (num ou dois volumes); viagens (no Minho e no Interior do Brasil, etc.). Todos os fragmentos se devem reunir. E todas as minhas cartas, de que acharem cópias, menos as que declaro que não se publiquem. As cartas devem dar dois volumes. E as outras obras diversas darão sete ou oito, me parece. Tenho um poema intitulado A ideia Velha, que meu filho poderá também publicar. Foi feito na mocidade quando eu tinha muito menos anos, para distrair o meu terror da febre amarela, que assolava Lisboa. E peço perdão de o ter escrito com tanta liberdade, se bem que haja exemplos de outros muito mais livres».
Francisco Gomes de Amorim não chegou a concluir as suas Memórias, inúmeras vezes por ele anunciadas e de que há alguns fragmentos: os manuscritos autógrafos Alexandre Herculano e Latino Coelho, completos, e Memórias e Viagens 1826-27, interrompido após meia dúzia de linhas do capítulo III – «Eu».
Francisco Gomes de Amorim, fosse por influência de Garrett – Memórias Biográficas, em que consumiu 32 anos – metade da sua vida –, fosse porque confiava em Deus durar o bastante para escrever as Minhas Memórias, o certo é que foi fazendo o arquivo de tudo quanto lhe respeitasse, com anotações e indicações (a um impensado biógrafo!) tipo publique-se; veja os folhetins Três dias de Jornada, e aproveite deste fragmento, para as Minhas Memórias, o que lá não estiver publicado; não se publique em qualquer circunstância, etc., etc.. (…). As partilhas do espólio literário e artístico pelos seis filhos, e a venda, em leilão, da biblioteca de Francisco Gomes de Amorim, levaram, por certo, à dispersão e à perda de muito que o poeta legou, sobretudo em matéria de correspondências (…). Apesar disso, os familiares de Francisco Gomes de Amorim não deixaram de oferecer à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim os documentos que tinham na sua posse, e que estão hoje preservados na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto.
Costa Carvalho


O autor deste trabalho é um caso de dupla identidade, que não de personalidade: na Igreja, está registado com o nome de José Rodrigo da Costa Carvalho Pinto; no Registo Civil, como José Rodrigo Carneiro da Costa Carvalho. Isto terá o resultado de um baralhamento de contas que levou a encomendarem-lhe o caixão, aos poucos dias de vida. Foi em Setembro de 1934. Sem dia e sem mês, no assento de baptizado: no dia 6 de Setembro, freguesia de S. Gonçalo, Amarante, como consta da cédula pessoal.
Nascido para viver, aos 4 anos de idade voltou a estar a morrer. Como então já juntava letras no jornal (O Primeiro de Janeiro) que todos os dias o carteiro entregava na casa dos pais, foi sabendo que a morte andava muito ocupada com a safra da guerra civil de Espanha. E, depois, com a II Guerra Mundial, começada 5 dias antes de ele fazer 5 anos. Acabada a Primária, feita ora no Porto ora em Amarante, prosseguiu estudos. Aí pelo 6º ano, o professor de Português – o mesmo de Grego – disse, numa aula, que o adolescente teria jeito para a escrita. E o aluno acreditou. Aos 20 e poucos anos, atreveu-se a mandar dois escritos seus para Ramos de Almeida, coordenador da página literária do Jornal de Notícias – um sobre Manuel Laranjeira; o outro, a propósito de Teixeira de Pascoaes. E nunca mais parou de sarrabiscar em jornais e revistas. A partir de 1960, já como jornalista profissional. Tendo entrado no JN como estagiário, seis anos depois passava para a chefia da Redacção, cargo que também exerceu em O Comércio do Porto e O Primeiro de Janeiro, dois outros jornais em que seria diretor-adjunto. Não vendo necessidade, para se realizar, de plantar uma árvore (por já a ter no próprio nome), publicaram-lhe O Mundo na Mão, Informação e Comunicação, Aprendiz de Selvagem - o Brasil na vida e na obra de Francisco Gomes de Amorim, este por obra e graça da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
Quanto a descendência: 5 filhos (um já falecido!), 4 netos e um bisneto. Diria Séneca estarmos perante homem que não se limitou a fazer anos, para provar que viveu e que deu vida.
Licenciado em Estudos Portugueses, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, fez, de seguida, o Mestrado de Estudos Portugueses e Brasileiros.
Uma fugaz passagem pela Política, como deputado à Assembleia da República (IV Legislatura, 1985/87). Como acha que ainda pode fazer mais alguma coisa (se possível, melhor), todos os dias pratica a escrita, mesmo sabendo que tudo quanto fizer apenas poderá vir a ser lido tendo em consideração aquilo que o biografado já é - um pré-póstumo.



1 de fevereiro 2020, sábado, 16h

na Biblioteca Diana-bar

Ver também:

      •     Saber + sobre Francisco Gomes de Amorim  




 
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Rua Manuel Lopes
4490-664 Póvoa de Varzim

+351 252 616 000
biblioteca@cm-pvarzim.pt


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