Cronologia de Rocha Peixoto


1846
A 13 de Dezembro, António Luís da Rocha Peixoto casou com Constança Amélia da Costa Pereira Flores, na freguesia de Vila do Conde.


1866
A 18 de Maio nasce António Augusto da Rocha Peixoto na Póvoa de Varzim, no prédio n.º 20 da Rua da Silveira (hoje Rua Rocha Peixoto). Filho de António Luís da Rocha Peixoto, médico cirurgião, e de Constança Amélia da Costa Pereira Flores.
Foi baptizado na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição da Póvoa de Varzim, a 21 do mesmo mês.


1874
A 12 de Novembro o pai de Rocha Peixoto morre com setenta anos, na casa da Rua da Silveira, na altura com o n.º 72, quando Rocha Peixoto tinha oito anos de idade.


1881
Rocha Peixoto passa a pertencer ao corpo fundador de uma revista de estudantes, “Boletim Litterario. Revista Academica Mensal” editada no Porto, com apenas três números (1 de Maio, 1 de Junho, 1 de Julho), como proprietário, J. Augusto Oliveira Alvarenga é director literário, e A. Eduardo de Melo, administrador.


1883
Em fins deste ano, com dezassete anos, adoptando o nome literário de Augusto César, publica no jornal povoense “A Independência”, vários artigos impugnando a acção dos Jesuítas, em resposta a escritos feitos pelo estudante poveiro Afonso dos Santos Soares, mais tarde padre.


1887
Funda a “Sociedade Carlos Ribeiro”, na cidade do Porto, com outros jovens estudiosos: Fonseca Cardoso, João Barreira, Ricardo Severo e Xavier Pinheiro, cujos estatutos são aprovados oficialmente em Agosto do ano seguinte. Rocha Peixoto exerce a função de secretário nesta Sociedade.
Publica uma série de artigos no Jornal “A Província” contra o estado de degradação do Museu Municipal do Porto.


1888
Sai o opúsculo “O Museu Municipal do Porto: história natural”. Porto: Sociedade Carlos Ribeiro, 49 p. 
No interior da capa deste opúsculo, afirma ter em preparação os “Materiaes para o estudo ethnographico e antthropologico dos povos do litoral - I Póvoa de Varzim” que nunca chegou a publicar.
Publica “Estatutos: approvados pelo Governo Civil (2 de Agosto de 1888)”. Porto: Typografia Occidental, 8 p. (Sociedade Carlos Ribeiro).


1889
Publica “As Deficiencias de Trabalho na Academia Polytechnica (Sciencias Naturaes)”. Porto: Typographia Occidental, 23 p. (Sociedade Carlos Ribeiro; 3).
Publica “Questão académica: resposta ao Desforço provocado pelo opúsculo, As deficiências de trabalho na Academia Polytechnica”. Porto: Typografia Occidental, 15 p.
Publica “Notas sobre a malacologia popular”. Porto: Typographia Occidental, 16 p. (Sociedade Carlos Ribeiro). Extracto da Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes, nº 2.


1890
Sai a edição da “Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes: publicação da Sociedade Carlos Ribeiro”. Directores Ricardo Severo e Rocha Peixoto. Vol. I (1890), Vol. II (1893); Directores Wenceslau de Lima, Ricardo Severo e Rocha Peixoto. Vol. III (1895), Vol. IV (1896), Vol. V (1898). Porto: Typografia Occidental, 1890-1898.
Publica o artigo “A probidade scientifica do Snr. João Bonança: capítulo para o inquérito da “História da Luzitânia e da Ibéria”. Porto: Typographia Occidental, 16 p. (Sociedade Carlos Ribeiro; 4).
Publica o artigo “Museus Regionais” na Revista de Portugal, vol. III, p. 184-194.
Publica o artigo “Anthropologia, o caracter e o futuro nacionais” na Revista de Portugal, vol. III, p. 689-699.
Publica a obra “Curso elementar de geographia geral”. Porto: Casa Editora de Alcino Aranha, 415 p.


1891
Aparece como secretário na “Revista de Portugal”, volume IV, e último, sendo director Eça de Queirós e subdirector Luís Magalhães.
Publica “Memoria justificativa do pedido de concessão para a exploração da conchyliocultura”. Porto: Typographia Occidental, 8 p. Co-autor: Joaquim da Costa Carregal.
Organiza “Catalogo do Gabinete de Mineralogia, Geologia e Paleontologia: extracto do Annuário de 1890-91”. Porto: Typographia Occidental, [da Academia Polytecnica do Porto]. No ano seguinte publica o “Apêndice ao Catalogo do ano anterior”.
Publica o artigo “A iniciativa individual na Archeologia” na Revista de Portugal, vol. IV, p. 350-370.
Publica o artigo “Um projecto de acordo internacional para um programa comum de investigações anthropologicas” na Revista de Portugal, vol. IV, p. 504-512.
Publica o artigo “Portugal e a comemoração do 4º centenário da descoberta da América” na Revista de Portugal, vol. IV, p. 670-681.
Publica o artigo “A remodelação do ensino technico e o projecto Bensaúde” na Revista de Portugal, vol. IV, p. 802-812.


1892
Na Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes publica “A Tatuagem em Portugal”. Esta obra contribuiu para que Rocha Peixoto fosse nomeado sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa.
Publica “Estações de Aquicultura: memória”. Lisboa: Imprensa Nacional, 17 p. Congresso Pedagógico-Hispano-Portuguez-Americano: Secção Portuguesa.


1893
Rocha Peixoto e Augusto Nobre, entram como sócios da Academia das Ciências e depois para membros da Comissão Central Permanente de Piscicultura. Rocha Peixoto defendia a criação dum laboratório marítimo em Aveiro. A comissão de Piscicultura propunha a criação duma estação de piscicultura mais a norte.
Sai o artigo “O Museu da Restauração” no jornal “O Primeiro de Janeiro” de 27 de Outubro, p.1.
De início de Novembro a fins de Janeiro de 1900 desempenhou as funções de Bibliotecário no Ateneu Comercial do Porto.


1894
Publica “Ensaio d`um Catalogo descriptivo do Gabinete de Mineralogia, Geologia e Paleontologia [da Academia Politécnica do Porto].
Publica “Miséria Poveira”. Estrela Povoense. Ano 18, nº 891 (6 de Maio, 1894). Ala-Arriba. Ano XXXII, nº 728, 2ª fase (21 de Maio, 1966).


1895 
Passa a colaborar com a “Revista d’ Hoje”.
Publica “Industria aquatica”. Revista d’Hoje. Porto, nº 2 (1895), p. 47-49.
Publica “Ensino estéril”. Revista d’Hoje. Porto, nº 5/6 (1895), p. 198-200.
Publica “Productos agrícolas das colónias portuguezas”. Lisboa: Administração do “Portugal Agrícola”, 164 p. (Bibliotheca do «Portugal Agrícola»).
Recebe uma carta do secretário da 1ª classe da Academia Real das Ciências de Lisboa quando este lhe enviou o respectivo diploma de académico da Classe de Ciências Matemáticas, Físicas e Naturais, com a data primitiva de 5 de Outubro, mas foi riscada e substituída pela de 3 de Março de 1896.


1896
Publica “O Cruel e triste fado”. Figueira da Foz: Imprensa Lusitana, 12 p.
Sai o artigo “A Pesca a Vapor” no jornal povoense “O Liberal”, de 24 de Maio, p.1.


1897
Publica “A Anthropometria no exercito”. Porto: Typographia Occidental, 8 p. Extracto da Revista de Sciências Naturaes e Sociaes, vol. 5, nº17.
Publica “Escola Industrial Infante D. Henrique. Museu. Molluscos marinhos de Portugal”.
Publica a “A Terra portugueza: chronicas scientificas”. Porto: Livraria Chardon, 302 p., reunindo os vinte e seis artigos saídos no jornal “O Primeiro de Janeiro”, de 1893 a 1896.
Foi autor do “Catalogo d`uma Miscellanea offerecida ao Atheneu Commercial do Porto pela Exma Snrª D. Luiza Rodrigues de Freitas como recordação do socio honorario e seu fallecido marido José Joaquim Rodrigues de Freitas”, vol. VIII, 23 p.
Rocha Peixoto nomeia uma comissão, de que fazia parte, incumbida de estudar a reorganização do Museu Municipal do Porto, e a sua instalação em edifício próprio.


1898
Publica “A Sociedade Carlos Ribeiro: nótula histórica de Rocha Peixoto”. Porto: Typografia Occidental, 48 p. (Sociedade Carlos Ribeiro). Extracto da Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes, tomo V, nº 20.
Dissolve-se o grupo da “Sociedade Carlos Ribeiro”, pela dispersão dos seus membros.
Termina a edição da “Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes”.
Já era professor de Geografia e de Ciências Físico-Naturaes na Escola Industrial Infante D. Henrique, no Porto.


1899
Em Abril, dá-se o aparecimento da Revista “Portugália”, no Porto, em substituição da “Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes”. No primeiro fascículo, Rocha Peixoto faz alusão à sua ligação com a Sociedade Carlos Ribeiro e à “Revista de Sciencias Naturaes e Sociaes”. Ricardo Severo aparece como director, Rocha Peixoto redactor-chefe e Fonseca Cardoso como secretário. “Portugália: materiais para o estudo do povo portuguez”. Director: Ricardo Severo. Editor Literário: António Augusto da Rocha Peixoto. Porto: [s.n.], (1899-1908). Tomo I, fasc. 1-4 (1899-1903); Tomo II, fasc. 1-4 (1905-1908).
Publica o artigo “Habitação: os palheiros do litoral: ethnographia portugueza”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo I, fasc. 1, p. 79-96.
Publica “Segundo Supplemento ao Catalogo Geral da Bibliotheca do Atheneu Commercial do Porto”.
Publica o artigo “O Museu Municipal do Porto”. Portugália. Porto: [s.n ], Tomo I, fasc. 1, p.155-156.


1900
Em fins de Janeiro deixa de desempenhar a função de Bibliotecário no Ateneu Comercial do Porto.
Em meados deste ano, entra para o Museu Municipal do Porto (instalado num prédio na Rua da Restauração), substituindo Eduardo Allen, falecido no ano anterior. A Câmara do Porto nomeou-o interinamente no cargo de Conservador.
Rocha Peixoto, através de um apontamento manuscrito por ele, informa que em 28 de Junho fora nomeado Director Interino da Biblioteca Pública do Porto. Em sessão camarária da Câmara Municipal do Porto de 28 de Junho, o vereador Dr. Francisco Paula de Azeredo propôs o nome de Rocha Peixoto para Director da Biblioteca (lugar ao qual depois juntou o de Conservador do Museu), tecendo rasgados elogios às qualidades do escritor poveiro.
Desde fins de Julho do ano em curso a 29 de Maio de 1901, o Museu Municipal do Porto esteve encerrado ao público para obras de beneficiação do edifício e tratamento das suas secções. 
Publica “Industrias populares: as olarias de Prado: ethnographia portuguesa”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo I, fasc. 2, p. 227-270.
Em Novembro, Rocha Peixoto envia um ofício à Câmara Municipal do Porto a denunciar o estado caótico da Biblioteca Pública, a nível do edifício e do tratamento dos documentos, solicitando mais recursos para aquisição de livros e remodelação do edifício.


1901
A 1 de Abril foram impressas as “Instrucções Regulamentares Provisorias” onde constam oito normas para serem respeitadas pelos visitantes do Museu Municipal do Porto. No ano seguinte foram transformadas num “Guia do Museu Municipal do Porto”, organizado por Rocha Peixoto e Joaquim de Vasconcelos.
Em 10 de Abril envia um relatório à Câmara Municipal do Porto enumerando as modificações e obras de beneficiação sofridas pelo Museu, durante o encerramento ao público, em meados de 1900: remodelação dos espaços a nível de pinturas, de paredes, reorganização das secções Mineralogia, Paleontologia, Etnografia, Arqueologia, Artes Decorativas e Numismática. Nesse relatório, Rocha Peixoto requer à Câmara a reabertura do Museu.
A 29 de Maio, o Museu Municipal reabriu ao público.
Neste ano, Santos Graça informa que RP fez uma conferência na Associação Comercial da Póvoa de Varzim sobre “A influência corporativa nos progressos locais”.
Publica o artigo “Uma Iconographia popular em azulejos”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo I, fasc. 3, p. 585-590.
Publica “Bazillio Telles”. Almanach Illustrado do “Diário da Tarde”, ano I, p. 104-105.
Sai o “Catálogo da Exposição de Cerâmica promovida pelo Instituto Portugense de Estudos e Conferências efectuada no Palácio de Crystal a 19 de Março de 1901”. Porto: Typografia Universal – A Vapor. Apresentação por António Augusto da Rocha Peixoto.
Em fins deste ano, fora nomeado naturalista-adjunto, para a secção de Mineralogia da Academia Politécnica do Porto, acumulando com as funções de Conservador do Museu Municipal do Porto.


1902
Elaboração do “Guia do Museu Municipal do Porto” organizado por Rocha Peixoto (secções de Arqueologia e Etnografia) e Joaquim de Vasconcelos (secção de Arte Industrial: pintura, numismática, escultura e cerâmica) para utilização dos visitantes do Museu.
Rocha Peixoto consegue neste ano o início da construção das novas instalações do Museu Municipal, num terreno situado a norte da Biblioteca Pública.
Rocha Peixoto levou algumas peças do Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde para o Museu Municipal do Porto, envolvendo-se numa polémica com os vila-condenses, por causa da requisição do sarcófago quatrocentista da filha de Nuno Alvares, D. Brites Pereira. A população de Vila do Conde impediu a saída desta histórica e artística peça.


1903
Rocha Peixoto crava nas paredes do claustro da Biblioteca Pública (antigo convento de Santo António da cidade) painéis de azulejos, dos séculos XVI – XVIII, vindos dos mosteiros de Santa Clara e de S. Bento da Avé-Maria (do Porto), dos conventos de Santa Clara e de S. Francisco (de Vila do Conde), do mosteiro de S. Salvador de Grijó, entre outros.
Em 1 de Setembro, por portaria do Ministério do Reino, o governo, na pessoa do ministro Luiz Augusto Pimentel Pinto louva os obreiros da Portugália, enaltecendo a “grande utilidade de uma obra como a revista Portugália”.
Publica o artigo “A Pedra dos namorados”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo I, fasc. 4, p. 807-809.
Publica o artigo “Do emprego ainda recente d’uma mó manual”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo I, fasc. 4, p. 828-831.


1904
Em 16 de Junho foi nomeado Director efectivo da Biblioteca Pública do Porto, após ter estado como Director interino, desde 28 de Junho de 1900.
Por começos deste ano encomendou ao Gonçalo Artur Cruz, arquitecto da Câmara da Póvoa de Varzim, uma colecção de miniaturas de aprestos marítimos dos pescadores poveiros, para colocar na galeria ergológica do Museu Municipal do Porto. No entanto, não há conhecimento se foi concretizada a sua intenção, pois não consta da lista feita pelo Rocha, dos objectos obtidos para a secção etnográfica do Museu Municipal.


1905
Em 21 de Julho encerra o edifício do Museu Municipal, na Rua da Restauração, transferindo as suas colecções para as dependências anexas à Biblioteca. Rocha Peixoto aproveita o claustro da Biblioteca Pública para expor os trabalhos lavrados na pedra existentes no Museu.
Publica os artigos: “Illuminação popular: ethnographia portuguesa”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo II, fasc. 1, p. 35-48.
 “Sobrevivência da primitiva roda de oleiro em Portugal”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo II, fasc. 1, p. 74-78.
“Prisões de gado”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo II, fasc. 1, p. 78-79.
“A Casa Portugueza”. Serões. 2ª série, vol. I, p. 106-110, 209-214 e 318-322.


1906
Publica o artigo “Uma ornamentação cerâmica actual de carácter archaico”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo II, fasc. 2, p. 270-272.
Publica o artigo “Tabulae votivae”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo II, fasc. 2, p. 187-212.


1907
Publica os artigos: “O Traje Serrano”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo II, fasc. 3, p. 360-389.
“Os Cataventos”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo II, fasc. 3, p. 439-448.
Sampaio Bruno, funcionário da Biblioteca, publica um artigo intitulado “A Biblioteca do Porto” na revista Serões, 2ª série, vol. IV, dando a conhecer ao país, os benefícios da Biblioteca Pública Municipal do Porto, a S. Lázaro, sob a direcção de Rocha Peixoto.
O Museu Regional do Club Naval Povoense estava a ser organizado.


1908
Em Agosto foi para as Termas do Peso de Melgaço, fazendo um círculo de amizades com outros utentes: Dr. Teixeira de Sousa, médico de Chaves, Dr. Silva Gaio, secretário da Universidade de Coimbra e homem de letras, António Carneiro, distinto pintor portuense, e Avelino Dantas, grupo a que Rocha Peixoto chamava “Academia”.
Sai a primeira versão do seu estudo “Formas da Vida Communalista em Portugal. Sumario de uma monographia inedita” in Exposição Nacional do Rio de Janeiro em 1908. Secção Portuguesa. Notas sobre Portugal. Vol. I, p. 73-83. “Survivances du Regime Communautaire en Portugal : abrégé d’une monographie inédite ». Annaes Scientificos da Academia Polythenica do Porto, vol. III, n.º 4, p. 205-221. Publicados sob a direcção de F. Gomes Teixeira.
Publica “As Filigranas”. Porto: Imprensa Portugueza, 1908. Separata da revista Portugália: materiais para o estudo do povo portuguez. Tomo II, fasc. 4, 44 p.
Sai o artigo “Apódos Tópicos (Ethnographia Transmontana)” na Illustração Transmontana, vol. I, p.75-80.
Publica o artigo “Folk-Lore. Contos Populares de Animaes ”. Portugália. Porto: [s.n.], Tomo II, fasc. 4, p. 660.
Publica “Notícia ácerca das explorações archeologicas da Cividade de Terroso e do Castro de Laúndos no concelho da Póvoa de Varzim (1906-1907)”. Porto: Imprensa Portugueza, 1908. Separata da revista Portugália: materiais para o estudo do povo portuguez. Tomo II, fasc. 4, 4 p.
Em Setembro é publicado o último fascículo da Revista Portugália.
Consegue que a Câmara Municipal do Porto adquira para o Museu, em Dezembro, a colecção particular de Moreira Cabral (conhecido por Museu Cabral da Rua da Flores), constituída por dois núcleos de faianças e de vidros, móveis, pinturas, armas, jóias, medalhas, etc., guardados no Museu Nacional de Soares dos Reis.


1909
A 2 de Maio morre Rocha Peixoto, em Matosinhos, com tuberculose aguda, que se seguira a uma gripe, a poucos dias de completar 43 anos de idade.
Ao falecer, exercia funções em várias instituições culturais e educativas: naturalista-adjunto da Academia Politécnica do Porto; Director da Biblioteca Pública do Porto; Director do Museu Municipal do Porto; Professor de Geografia e de Ciências Físico-Naturaes, da Escola Industrial Infante D. Henrique, no Porto.
A trasladação do seu corpo do Cemitério de Agramonte (Porto) para o Cemitério da Póvoa de Varzim, a pedido da Câmara Municipal local, realiza-se a 16 de Maio.
Desaparece a Portugália com a morte de Rocha Peixoto.
Depois da sua morte ainda são publicados alguns dos seus textos: “A sua acção educativa” na Revista de Guimarães. Número especial. Francisco Martins Sarmento, p. 32-34.
“Catalogo contendo, entre outras obras, as aquisições feitas desde 1898 a 1908” Real Bibliotheca Publica Municipal do Porto. Nova Serie, Tomo I, elaborado por João Grave, sob a orientação de Rocha Peixoto. Editado pela Biblioteca após a morte de Rocha Peixoto.
“Archeographia local: as siglas da ponte”. Almanaque Ilustrado de “O Comércio do Lima”.


1910
O Município da Póvoa de Varzim adquire os objectos pertencentes a Rocha Peixoto.
Artigo “O Museu Municipal do Porto”. O Tripeiro. Ano II, nº 59, p. 363-365.


1915
Em 24 de Outubro, por iniciativa do Dr. Eduardo Pimenta descerra-se na sala das sessões da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim o retrato de Rocha Peixoto, desenhado a crayon por António Carneiro (pintor portuense) e tendo sido oferecido à Câmara. Preside ao acto o Dr. Manuel Monteiro, parente do homenageado e à altura Ministro do Fomento, tendo discursado entre outros, o Dr. David José Alves (Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim), o Padre Jerónimo Luís da Costa, o Dr. António Silveira e o Dr. Eduardo Pimenta.


1923
O decreto-lei que sanciona a mudança de nome da anterior instituição é publicado a 23 de Maio, por despacho do Ministro da Instrução Pública João José da Conceição Camoezas. A antiga Escola Primária Superior da Póvoa de Varzim passou a denominar-se Escola Primária Superior de Rocha Peixoto.
A 17 de Junho é editado na Póvoa de Varzim, o jornal “Rocha Peixoto (Homenagem)”, número único, sendo director o Dr. Joaquim Graça e a editora Escola Primária Superior de Rocha Peixoto.


1932
Sai a primeira edição do livro “O Poveiro” de António Santos Graça, feito sob orientação e insistência de RP sobre o autor, na compilação dos costumes comunitários dos pescadores poveiros.


1936
O retrato de Rocha Peixoto desenhado por António Carneiro transitou, da sala das sessões da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim para o Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim.


1944
A 22 de Agosto foi trasladado para o jazigo municipal.


1947
A 18 Maio, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim promoveu a inauguração da placa comemorativa na casa onde nasceu Rocha Peixoto, tendo sido descerrada pela irmã do homenageado, Augusta Camila Beatriz da Rocha Peixoto.


1966
A 23 de Março, a Biblioteca Popular Camões passou a intitular-se Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, numa cerimónia integrada nas Comemorações do Centenário do seu nascimento.
18 de Maio - Comemoração do primeiro centenário do nascimento de Rocha Peixoto.
Neste dia, por iniciativa do Clube Naval Povoense e com o apoio de muitos poveiros, foi colocado na casa do Rocha Peixoto, um medalhão em bronze, da autoria do escultor Eduardo Tavares, com a efígie do ilustre filho da terra.
O retrato de Rocha Peixoto desenhado por António Carneiro foi transferido do Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim para as novas instalações da Biblioteca Municipal, inauguradas no edifício da Câmara a 23 de Março de 1966 (quando a Biblioteca passou a denominar-se Biblioteca Municipal Rocha Peixoto).
São publicados outra vez os artigos:  “Miséria Poveira”. Ala-Arriba. Ano XXXII, nº 728, 2ª fase (21 de Maio, 1966).
“As Olarias de Prado”. Barcelos: Museu Regional de Cerâmica, 1966. 60 p., XI p. (Cadernos de Etnografia; 7).
Início da publicação das suas Obras completas, em edição da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, anotada e organizada por Flávio Gonçalves, cuja edição sairia no ano seguinte.


1967
Organizadas por Flávio Gonçalves foram publicadas, postumamente: “Obras de Rocha Peixoto”. Póvoa de Varzim: Câmara Municipal, 1967-1975. 3 Volumes. Vol. I: Estudos de etnografia e de arqueologia (1967). Vol. II: Museu Municipal do Porto, ensino, política, ensaios diversos, economia (1972). Vol. III: Primeiras intervenções na imprensa, catálogos, relatórios e textos afins, antropologia… etc. (1975).  


1990
As Publicações D. Quixote homenageiam a memória de Rocha Peixoto imprimindo a obra “Etnografia portuguesa: obra etnográfica completa”. 427 p. com introdução de Flávio Gonçalves e apresentação de Joaquim Pais de Brito.