Colóquio "Rocha Peixoto no centenário da sua morte"
8 e 9 de Maio de 2009
Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim

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Dr. José Manuel Flores Gomes
........Arqueologia no cponcelho da Póvoa de Varzim: o legado de Rocha Peixoto
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Resumo

Rocha Peixoto é, sem dúvida, o investigador pioneiro da arqueologia poveira. Por si próprio, ou acompanhado pelos seus amigos José Fortes, Fonseca Cardoso, Ricardo Severo, entre outros, promove a pesquisa das origens do concelho. As escavações revelam: o Alto de Martim Vaz; a Cividade de Terroso; o Castro de Laundos. Os seus esforços permitem salvar, da fundição, as jóias da Estela e as arrecadas de Laundos. A publicação dos resultados destes achados na Portugália garante a perenidade das suas descobertas.
Após a sua precoce morte outros investigadores se dedicaram à arqueologia do Concelho, nomeadamente Ruy de Serpa Pinto, o qual, apoiando-se nos seus apontamentos, imagens e nos materiais depositados nos Museus do Porto, constrói uma magistral análise daquilo que será designada como a Cultura Castreja do Noroeste Peninsular. Nas décadas seguintes, homens como Fernando Barbosa, Flávio Gonçalves, entre outros, escrevem doutas páginas sobre o passado. Carlos Alberto Ferreira de Almeida, em 1972, publica uma incontornável “carta arqueológica do concelho” e, em 1980, Armando Coelho Ferreira da Silva reabre o estudo sobre o passado concelhio, com intervenções em Terroso e em Beiriz.
Nesta mostra apresenta-se, ainda, os mais recentes trabalhos arqueológicos no concelho e as perspectivas de futuro no campo da arqueologia. Documenta-se, assim, que cem anos depois da morte de Rocha Peixoto a sua lição permanece viva e com fiéis seguidores, aprofundando o conhecimento do passado do concelho.