Colóquio "Rocha Peixoto no centenário da sua morte"
8 e 9 de Maio de 2009
Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim

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Dr. Joel Alves Cerqueira Cleto
........Arqueologia de Matosinhos: uma perspectiva cem anos depois dos trabalhos de Rocha Peixoto
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Nota biográfica

Joel Cleto. Arqueólogo. Natural do Porto (1965), é licenciado em História (1987) e Mestre em Arqueologia (1994) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e formador de Professores nas áreas da Arqueologia e História, creditado pela Universidade do Minho (1995). Como bolseiro do governo francês e do Conselho da Europa, realizou estágios e cursos de pós-graduação na Universidade de Rennes e no Museu Arqueológico de Barcelona.
Chefe da Divisão de Promoção  Cultural e Museus da Câmara Municipal de Matosinhos, está ligado à criação do Gabinete Municipal de Arqueologia e História, ao Arquivo Histórico Municipal, ao Arquivo Histórico Fotográfico de Matosinhos, à Rede de Museus de Matosinhos e à programação e dinamização do Museu da Quinta de Santiago. Foi responsável por diversas intervenções arqueológicas no concelho, nomeadamente no Castro de Guifões, nas sepulturas medievais de Montedouro (Perafita), nos tanques romanos da Praia de Angeiras (Lavra) e no centro histórico de Leça da Palmeira.
Autor de diversas conferências e comunicações sobre o Património e a História de Matosinhos, em seminários e congressos em Portugal e no estrangeiro, é também autor de múltiplos estudos, artigos e livros. Colaborador regular na comunicação social escrita, onde aborda temáticas relacionadas com o Património, assegura desde Outubro de 2006 a autoria e apresentação de um programa televisivo na estação “Porto Canal”.

joel.cleto@cm-matosinhos.pt
http://www.joelcleto.no.sapo.pt

   
Resumo

Um século depois da  morte de Rocha Peixoto que testemunhos subsistem deste investigador no concelho onde viveu os seus últimos anos e nele produziu uma parte significativa da sua obra? E, mais do que os vestígios, qual a herança que ele nos deixou e de que forma é que os seus estudos pioneiros em Matosinhos foram desenvolvidos e aprofundados ao longo destes cem anos? Confirmaram-se algumas das suas suspeitas e hipóteses? Levantou a ponta do véu de realidades que se viriam a confirmar nas décadas seguintes à sua morte? Foi a sua chamada de atenção que permitiu (ou não) a salvaguarda de património e a preservação da Memória Colectiva local? Que desenvolvimentos tiveram os estudos e as investigações sobre o Homem da Maça, o castro de Guifões, as sepulturas escavadas na rocha de Montedouro, o enigmático barco de pedra de Santa Cruz do Bispo, ou os ex-votos pintados da Misericórdia de Matosinhos? E qual é a realidade (institucional e outras) de apoio aos investigadores nos nossos dias, em comparação com a com que se deparou Rocha Peixoto? É a estas perguntas (e outras) que procuraremos responder nesta comunicação, sublinhando o papel pioneiro de Rocha Peixoto e a forte relação que estabeleceu com Matosinhos.