![Francisco Gonçalves Amorim [25/04/1858 - 19/06/1914]](imgs/h_personalidades/franciscogoncalvesamorim1.jpg) 
 
 ![Francisco Gonçalves Amorim [25/04/1858 - 19/06/1914]](imgs/h_personalidades/franciscogoncalvesamorim2.jpg) 
  [ toponímia ]
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  |   | biografia Francisco Gonçalves Amorim o «Miroma» nasceu na Póvoa de Varzim, em 25 de Abril de 1858, onde
 veio falecer no dia 19 de Junho de 1914. Quando residente no Brasil, na capital amazonense, sendo muito
 devoto de São Tiago Maior, passou procuração a sua mãe Margarida Rosa de Jesus para doar à confraria
 de São Tiago uma morada de casas que possuía, à entrada da rua da Junqueira, pegadas à antiga e
 pequena capelinha dedicada ao mesmo Santo de que era tão devoto, o que foi feito por documento
 notarial. Corria o ano de 1887 e logo começou a obra de pedraria para a ampliação desta capela, antiga
 de São Roque, aqui instituída em 1582 por Maria Fernandes (de Faria), com procuração de seu marido
 Diogo Pires, bisavó que foi de Mónica Cardia, filha do capitão António Cardia. Depois de varias
 vicissitudes, esse vínculo vem à posse de D. Margarida da Cruz, casada que foi com Francisco José de
 Campos (Carloto), que, já viúva, faz doação da velha e pequenina capelinha de São Roque (agora já de
 São Tiago) à Confraria de S. Tiago, para a sua ampliação, também no ano de 1887.Surge então o filho
 desta doadora, Dr. João Pedro de Sousa Campos, a embargar a obra e a requerer a rescisão da escritura
 de doação. 
A família Miroma ficou a regalia de ter lugar privilegiado no coro da capela, como prerrogativa de
 benemérita da Capela. 
Francisco Gonçalves Amorim foi 1º Comandante dos nossos bombeiros, depois da sua reorganização, em
 1892, tendo sido nomeado para tal cargo em 04 de Agosto de 1892. 
Em 31 de Julho de 1905 é nomeado Comandante Honorário, pelo que passou a intitular-se,
 pomposamente, nos seus cartões de visita, Comandante dos Bombeiros na Efectividade Honorária.
Regressado do Brasil imbuído de ideias maçónicas, Francisco Gonçalves Amorim tratou de abrir na
 Póvoa, em 1891, uma loja maçónica – luz e caridade. 
Foi proprietário, redactor e editor do semanário critico e humorístico «O Melro», colaborou na «Estrella
 Povoense» e possivelmente no «Mosquito», pois o autor destas linhas (Dr. Jorge Barbosa) no seu
 trabalho da «toponímia da Póvoa de Varzim», ao referir-se a Frei Sebastião de São Luís, escreveu: «Foi o
 tio materno de Francisco Gonçalves de Amorim, o Miroma, eminente e categorizado mação local. 
O jornal local «O Mosquito», de 17 de Fevereiro de 1876 e de 28 de Setembro de 1879, traz catilinárias
 contra Frei Sebastião, algumas em verso, assinadas por F.G.A. que julgo serem as iniciais de Miroma.» 
Francisco Gonçalves Amorim, mais conhecido por «Miroma» (o apelido Amorim lido ao contrário) foi um
 dos fundadores do Grupo dos Companheiros do Bem que, em 01 de Dezembro de 1906, fundou «A
 Beneficente». 
As instituições a que dedicou mais intensa actividade filantrópica e benemerente, têm o seu retrato nas
 galerias dos beneméritos, como acontece nos Bombeiros e na Beneficente.
Adaptado de: 
BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Póvoa de Varzim: 
Câmara Municipal, Vol. XXVII, nº. 2 (1990), p. 533-536. 
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