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Maria Teresa Horta
Poeta, ficcionista e jornalista
Nasceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Letras. Escritora e jornalista, foi a primeira mulher a exercer funções
dirigentes no cineclubismo em Portugal, e é conhecida com uma das mais destacadas feministas portuguesas. Estreou-se na poesia em
1960, e a sua obra poética publicada até 2006 – dezoito títulos – está coligida em Poesia Reunida (Dom Quixote, 2009), livro que
lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária.
Na ficção surge com Ambas as Mãos Sobre o Corpo, em 1970. Seguem-se-lhe Novas Cartas Portuguesas (1972) – em co-autoria com
Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa –, obra que valeu às autoras um processo judicial «por ofensa à moral pública», e os
romances Ema (1984; Prémio Ficção Revista Mulheres) e A Paixão segundo Constança H (1994).
Em 2011, publica o romance As Luzes de Leonor (Prémio D. Dinis 2011 e Prémio Máxima de Literatura 2012) e, no ano seguinte,
Poemas Para Leonor – conjunto de versos dedicado a Leonor de Almeida Portugal e que fazem parte do processo de escrita de As
Luzes de Leonor. Escritos ao mesmo tempo que o romance, e ao longo dos mais de dez anos que durou a sua preparação, falam sobre a
experiência da criação da personagem central, interrogam-na, acompanham-na, espelham-na e dialogam com ela.
Também em 2012, a sua poesia erótica é reunida na antologia As Palavras do Corpo.
Em 2013, é a vez de nos surpreender com A Dama e o Unicórnio, uma original interpretação das tapeçarias quatrocentistas La
Dame à la Licorne que conjuga poesia e imagem: o livro é ainda valorizado por um CD com a cantata profana do compositor António
Sousa Dias sobre a poesia de Maria Teresa Horta dita pela actriz Ana Brandão.
É uma das doze autoras que conta uma das doze histórias “cada uma com a sua cor refletindo a diversidade na sua diferença e na
sua complementaridade” do livro Do Branco ao Negro, Sextante Editora, que será lançado nesta 15ª edição das Correntes d’Escritas.
Azul claro é a cor de Maria Teresa Horta.
Este ano, ser-lhe-á dedicado o dossiê da Revista Correntes d’Escritas lançada durante o evento, e será apresentada uma nova
edição do seu romance, Ambas as mãos sobre o corpo, Publicações Dom Quixote.
Bibliografia seleccionada
- BARRENO, Maria Isabel; HORTA, Maria Teresa; COSTA, Maria Velho da – Novas cartas portuguesas: [o livro das 3 Marias 25 anos depois]. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1998. ISBN: 972-20-1500-1.
- Biblos: enciclopédia Verbo das literaturas de língua portuguesa. Lisboa: Editorial Verbo, 1997. (vol. 2, p. 1098-1099).
- BRANCO, Sofia – Cicatrizes de mulher. Lisboa: Público: Comunicação Social, 2006. ISBN: 989-619-052-6. (poema inédito de Maria Teresa Horta, p. 15).
- CORREIA, Natália – Breve história da mulher e outros escritos. Lisboa: Parceria A. M. Pereira, 2003. ISBN: 972-8465-13-9. (prefácio de Maria Teresa Horta).
- HORTA, Maria Teresa – A paixão segundo Constança H. Lisboa: Bertrand Editora, 2010. ISBN: 978-972-25-2242-7.
- HORTA, Maria Teresa – Antologia pessoal: 100 poemas. Lisboa: Gótica Editora, 2003. ISBN: 972-792-095-0.
- HORTA, Maria Teresa – As luzes de Leonor: [a marquesa de Alorna, uma sedutora de anjos, poetas e heróis]. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2011. ISBN: 978-972-20-4651-0.
- HORTA, Maria Teresa – Cristina. Lisboa: Edições Rolim, 1985.
- HORTA, Maria teresa – Inquietude. Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2006. ISBN: 989-552-215-5.
- HORTA, Maria Teresa - Mãe na literatura portuguesa, (A). Lisboa: Círculo de Leitores, 1999. ISBN: 972-42-1949-6.
- HORTA, Maria Teresa – Minha senhora de mim. Lisboa: Gótica Editora, 2001. ISBN: 972-792-028-4.
- VIEIRA, Célia; NOVO, Isabel Rio – Literatura portuguesa no Mundo. Porto: Porto Editora, 2005. ISBN: 972-0-01247-1. (vol. 6, p. 43.).
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De 12 a 28 de Fevereiro
Na Biblioteca Municipal
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Correntes d.Escritas faz 15 anos
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