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| | biografia Joaquim Martins da Costa nasceu a 25 de Dezembro de 1844, na freguesia de Terroso, do concelho da Póvoa de Varzim,
e faleceu no dia 16 de Janeiro de 1930.
O semanário local O 28 de Maio, de 18 de Janeiro de 1930, assim se referiu ao infausto
passamento de um dos mais conceituados comerciantes daquela época:
«Joaquim Martins da Costa. Morreu; foi a noticia que correu célere e arrepiadora na
manhãzinha da última quinta-feira por toda a Póvoa.
«Joaquim do Cano (como todo o mundo lhe chamava) contava 86 anos de idade, quase todos
afogueados por uma ardente luta pela vida que ele ambicionava ser, como foi, exemplaríssima
e que constituísse a suprema riqueza dos seus extremosos filhos.
Sem qualquer espécie de vaidade, apesar de na sua querida e amada Póvoa ter exercido cargos
de importante e alto relevo, era o decano dos comerciantes poveiros, em cuja classe era
estimadíssimo, não só por aquele facto mas e sobretudo por os seus conselhos assentarem
sempre numa base segura, prudente e conciliatória.»
Joaquim Martins da Costa foi um dos fundadores da Associação Comercial, em 1892, tendo
sido dos seus mais dedicados servidores. Em assembleia-geral de 11 de Julho de 1894 foi eleito
Presidente da Direcção e reeleito no ano seguinte.
Joaquim Martins da Costa, serviu também na Câmara Municipal, na Junta da Paróquia (depois
Junta de Freguesia), à qual presidiu, foi juiz de paz, trabalhou bastante em diversas corporações
e instituições locais, bem como em varias confrarias religiosas, tendo sido muito tempo Juiz da
Confraria de São Tiago. Foi na nossa terra elemento destacado do novo Partido Progressista,
que se organizou na vila da Póvoa de Varzim em 20 de Julho de 1879, no salão nobre do Hotel
Luso-Brasileiro, com a assistência de 40 afiliados, tendo logo ali sido eleitos o Padre Francisco
Leite de Morais, como Presidente, e Joaquim Martins da Costa, como 1º secretário.
Foi Joaquim Martins da Costa amigo pessoal de Francisco Gomes de Amorim, tendo assistido a
inauguração (e assinado o respectivo auto) da placa de mármore que a Câmara da presidência
de Pereira Azurar mandou colocar na casa do poeta averomarense, em 1885, assim como
também assistiu às comemorações centenárias do nascimento de Gomes de Amorim e à
inauguração da respectiva placa de acontecimento, em 13 de Agosto de 1927.
Era conhecido vulgarmente pela alcunha de «Joaquim do Cano», em virtude de nas traseiras da
sua residência e na frente para o lado da rua das Lavadeiras ter existido um fontanário, onde
parte da população vizinha se ia abastecer de água.
BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural.
Póvoa de Varzim: Câmara Municipal, Vol. XII, nº 1 (1973), p 56-57.
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