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| | biografia Cândido Augusto Landolt nasceu no Porto a 06 de Março de 1863 e faleceu na Póvoa de
Varzim, onde viveu cerca de 40 anos, às 8 horas da manhã de 12 de Junho de 1921.
Cândido Landolt foi um brilhante jornalista, redactor de «A Independência» desde 1887 (jornal
fundado em 29 de Dezembro de 1881) e depois seu proprietário; foi fundador, director e
proprietário do jornal «A Propaganda», que se publicou de 4 de Janeiro de 1903 a 23 de
Dezembro de 1916.
Foi um dos membros do grupo «Companheiros do Bem», que fundou a Associação de Caridade
«A Beneficiente», foi um dos sócios da comissão reorganizadora da Real Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim, em 6 de Janeiro de 1892 (esta
Associação havia sido fundada em 01 de Outubro de 1877, tendo deixado de existir em 1884),
foi também sócio fundador da Associação dos Empregados no Comercio, da Marítima, da Construtora, da
Edificadora, da Reformadora, da Patriótica, e do sindicato Agrícola.
Cândido Landolt pugnou ardorosamente pelo progresso e engrandecimento da nossa terra, e
foi um acérrimo propagandista da nossa praia, que cantou em lindos versos; escreveu as letras
do Hino Académico Povoense do antigo Instituto Luís António, da Balada dos Estudantes do
Liceu Nacional da Póvoa de Varzim e do Hino do Clube Naval Povoense (este com música de
António José Gomes, Marta), letras que vêm publicadas na revista quinzenal «A Póvoa de
Varzim», 1º ano, respectivamente 1912, nº 19 nº 15, e 1911, nº 3.
Da sua bibliografia, quase toda dedicada à Póvoa de Varzim, destacamos o seguinte: «As Bodas
de uma Poveira», 1902 – narrativa de amor; «O Meu Panteon», 1912 – onde se acham os
homens que mais engrandeceram a vila e o concelho da Póvoa de Varzim; «A Póvoa Linda»,
1914 – lendas e tradições regionais; «Folk-Lore Varzino», 1915 – costumes e tradições populares
do século XIX; «As Pérolas do Minho», 1917 – linguagem e tradições populares; e «Fauna e
Flora Marítimas da Póvoa de Varzim» Braga, 1923 – livro póstumo, com um prefácio do Dr.
Duarte Carrilho.
Na casa em que viveu e morreu, na rua da Junqueira, actualmente com o número 14,
estão afixadas duas lápides de mármore, com as seguintes inscrições:
1º Lápide
AO JORNALISTA POVOENSE
CANDIDO LANDOLT
HOMENAGEM DA IMPRENSA DE BRAGA
11-6-1921, 11-6-1922
2º Lápide
AO ESCRITOR
CÂNDIDO AUGUSTO LANDOLT
NO SEU CENTENARIO
A PÓVOA AGRADECIDA
1863-1963
BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Póvoa de Varzim:
Câmara Municipal, Vol. XXVII, nº 2 (1980), pág. 570.
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