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| | toponímia Manuel Moreira Giesteira
“O comendador Manuel Moreira Giesteira de 1944, na freguesia de Aguçadoura, de onde, na companhia
de pais e irmãos, partiu com 11 anos rumo ao Brasil, em busca de uma vida melhor.
Em homenagem á sua família e a todos os emigrantes, Manuel Giesteira mandou edificar, no Monte S.
Félix, em Laúndos, um Monumento ao Emigrante em cuja base se lê.”A todos desta terra que partira,
lutaram e não voltaram, e aqueles que partiram, lutaram e não voltaram, mas deles jamais nos
esquecemos”.
Em Manuel Moreira Giesteira pretende o Município da Povoa de Varzim distinguir o emigrante de hoje
que, na esteira de uma tradição de fecunda filantropia que foi característica do sucesso alem fronteiras,
e que nos ultimas décadas se havia perdido, deixou no monte de Laúndos e na Igreja de Amorim marcas
de uma ligação afectiva e cultural que não podem ficar ocultas” disse Macedo Vieira quando apresentou
a proposta para atribuir a Medalha de Reconhecimento Poveiro, de grau prata, ao comendador Manuel
Moreira Giesteira.
Manuel Giesteira dedica esta homenagem aos pais,” que partiram para o Brasil em busca de um sonho e
nunca me esquecerei de que andei descalço na Praia de Paimó, em Aguçadoura”.
Manuel Moreira Giesteira disse ainda que tudo o fez na Póvoa apenas tem um só sentido”, prestar
homenagem á sua terra e ás suas gentes.
Tudo o que faço é do coração e não para comprar a admiração de quem que quer seja e nunca com
outros objectivos políticos ou sociais”.
Manuel Giesteira aos 14 anos a sua vida laboral, como “Officeboy “no Banco Português do Brasil. Como
teve sempre em mente estudar, sacrificou as suas noites para se tornar advogado, o que conseguiu aos
22 anos, ao mesmo tempo que ascendia na sua carreira no banco onde trabalhava. Aos 24 anos foi
nomeado Advogado-Chefe dessa unidade bancária, que viria abandonar um ano mais tarde para se
estabelecer por conta própria. Exercia advocacia e ao mesmo tempo tinha a profissão de professor. A
sua vida foi assim até aos 52 anos. Depois deixou advocacia para se dedicar na área empresarial. A sua
carreira ascendeu de forma fulgurante. Numa posição confortável na vida dedicou-se a obras de
filantropia e a satisfazer alguns dos seus sonhos pessoais, como por exemplo, a instalação do
Monumento ao Emigrante no Monte S. Félix e o restauro da Igreja Paroquial de Amorim, obras que
pesaram na decisão da Câmara de concretizar esta homenagem.
Como não podia deixar de ser tendo em conta todo este percurso Manuel Giesteira é um homem de
personalidade vincada que mantém grande orgulho na sua terra Natal. O seu amigo de infância, Avelino
Monteiro, recordou precisamente esses traços já fortemente vincados na criança de 10 anos, que
conheceu em Aguçadoura, ao apresentar a biografia do homenageado.
A Voz da Póvoa. Póvoa de Varzim: A voz da Póvoa, (14 Jun 2001), p. 6.
Póvoa Semanário. Póvoa de Varzim: Póvoa Semanário, (21 de Jun 2001), p. 4.
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