[ toponímia ]
[ + personalidades ]
| | biografia O padre Aurélio Martins de Faria, filho de José Martins de Faria, natural de Barcelos e contador
da Comarca da Póvoa de Varzim, e de Deolinda Rosa de Jesus Carneiro e Faria, da Póvoa de
Varzim, nasceu nesta cidade no dia 29 de Novembro de 1887 e faleceu na sua casa da Praça do
Almada, no dia 20 de Maio de 1972.
Ordenou-se sacerdote aos 25 anos, em 21 de Setembro de 1912, frequentou depois a
Universidade de Coimbra e foi prior da Póvoa de Varzim desde 6 de Maio de 1923 a 15 de
Agosto de 1924. Foi professor do Seminário de Évora e do Colégio de D. Nuno, na Póvoa de
Varzim. Foi um dos fundadores do Corpo Nacional de Escutas, na Póvoa de Varzim, em
Outubro de 1923, assim como das conferências de S. Vicente de Paulo. No escutismo chefiou a
delegação da Póvoa de Varzim ao 1º acampamento nacional, em Aljubarrota, no mês de Agosto
de 1926 (no qual tomamos parte) e foi o primeiro Comissário Geral dos Lobitos. Foi, também,
juntamente com o Sr. José Martins de Sá e o Dr. Abílio Garcia de Carvalho, um dos fundadores,
dos Escuteiros Marítimos na Póvoa de Varzim. Dedicou-se a muitas obras juvenis, incutindo
sempre, nos jovens, o amor a deus e à pátria. A ele se deve o padrão da independência, erecto
na praça do Marquês de Pombal, com desenho da sua autoria. Foi o tesoureiro apostolado da
oração e da confraria de Nossa Senhora de Lourdes e, como tal, foi o principal colaborador do
padre José António de Campos na conclusão das obras da basílica do Sagrado Coração de
Jesus. Sacerdote exemplar e muito esmoler, estava sempre pronto a acudir qualquer aflição de
que tivesse conhecimento, fazendo-o quase sempre, anonimamente. Educou e orientou
moralmente centenas de jovens da nossa terra e realizou, ensaiou e encenou algumas peças de
teatro juvenil, que levou à cena, como «Jovens cativos» e «andaluma». Foi o protótipo do bom
escuteiro, do bom educador, do bom cidadão e do bom amigo de todos, conhecidos ou
desconhecidos, particularmente dos pobres e dos necessitados, procedendo sempre como o
Bom Samaritano da parábola bíblica. A sua forte personalidade foi sempre respeitada por todos
os que com ele privavam e mesmo por todos que apenas o conheciam.
BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Póvoa de Varzim:
Câmara Municipal, Vol. XIX, nº1 (1980), p. 133-134.
|