Joaquim Martins da Costa Júnior, o «Quim do Cano», como era mais conhecido, nasceu na Póvoa de Varzim a 01 de Abril de 1885 e daqui faleceu prematuramente a 10 de Abril de 1931. Tinha 46 anos de idade.
Beneficiando do nome prestigiado de seu pai, pelas sua qualidades de esclarecida inteligência, de dinamismo, de coração, de nobre carácter e de esmerada educação e fino trato, cedo se impôs na sociedade poveira, caracterizando-se, através da sua curta vida, «um homem prestimoso, um colaborador indispensável, um cidadão exímio e um chefe de família exemplar», como escreveu, num semanário local, aquando do seu passamento, o Dr. António da Silveira.
Os únicos pensamentos eram a Família e a Póvoa, que serviu devotadamente até ao sacrifício. È de assinalar, especialmente, a sua paixão pelas colectividades locais, tendo servido exemplarmente Confrarias e Irmandades religiosas (Santa Casa da Misericórdia, SSmo. Sacramento, Senhora das Dores e Santiago Maior), Assembleia Povoense, Cube Naval Povoense, Beneficente, Conferência Vicentina, Bombeiros voluntários e Associação Comercial, de que fez parte, como 1º secretario, nas direcções presididas por António Gonçalves Linhares (1913) e Manuel José Martins (1914) e, como Vice- Presidente, nos dois mandatos de Manuel Pereira Sampaio Júnior (1921 e 1922). Fez parte, ainda, da Comissão Fundadora do Orfeão Povoense, ao qual pertenceu como orfeonista do seu grupo coral e amador teatral do seu grupo dramático. Dedicou-se, ainda, ao Jornalismo (imprensa local; e correspondente dos jornais diários do Porto «Primeiro de Janeiro» e «Comercio do Porto», com crónicas quase diárias). Fez parte também de todas as comissões bairristas que, junto dos poderes públicos em Lisboa, reclamavam para a Póvoa Justiça e Compreensão.

BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Póvoa de Varzim: Câmara Municipal, Vol. XXXI, nº. 1/2 (1994), p. 272-274.