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| | biografia Bonitos de Amorim é o nome por que é conhecida uma ilustre família da freguesia de Amorim,
«que deu uma plêiade de pessoas notáveis pela sua benemerência – que se fez e tem feito
sentir tanto na sua freguesia natal, como na Póvoa (edifício da Câmara – azulejos na fachada e
no interior, terrenos para ampliação da cerca do Hospital e construções de Pavilhões, Estádio
Gomes de Amorim, obra vultosa na época transformada em Piscinas da Sopete [actualmente
Varzim Lazer], e Igreja de São José.
É a Ex.ma Família dos Bonitos de Amorim «a que mais largamente tem contribuído para actos
de benemerência na Póvoa e em Amorim». Foi esta benemérita Família «quem dotou e
embelezou os paços do concelho com os seus magníficos azulejos». Os exteriores do edifício
foram oferecidos por Francisco João de Amorim e os do interior, junto das escadas, por
António João Gomes de Amorim.
Foi primeiro membro destacado desta Ilustre Família José João de Amorim, Comendador da
ordem da Rosa do Brasil, e da Ordem de Cristo de Portugal; foi um dos fundadores da
Beneficência Portuguesa do Recife, Estado de Pernambuco, tendo vindo a Portugal em Junho de
1872, a bordo do navio «Douro».
Destacaram-se também, pela sua acção benemerente, seus filhos Manuel João Gomes de
Amorim e esposa D. Adelaide Soares de Amorim (e os filhos deste casal, Manuel João Gomes
de Amorim, o Mandú, D. Mariana Amorim Alves, que casou com o Dr. David José Alves e D.
Teresa Amorim Cunha, que casou o Dr. Quirimo Augusto de Sousa Cunha), António João
Gomes de Amorim, Joaquim Gomes de Amorim e Francisco João Gomes de Amorim, e ainda
seu neto Francisco Lima de Amorim, Comendador da Ordem da benemerência, filho de José
Gomes de Amorim, e que foi casado com D. Georgette Mendes Amorim, sua prima.
Sobre a acção benfeitora desta distinta Família dos Bonitos, se transcreve do semanário<
«Estrella Povoense», de 13 de Janeiro de 1918, o seguinte trecho: «Mas quem é, afinal, a família
dos Bonitos de Amorim?... Pode dizer-se, sem rebuço, que esta é a mais benemérita família do
concelho da Póvoa». «Praticando a caridade na mais larga escala, segundo o preceito
evangélico, sem ostentação nem vaidade, condoendo-se de toda a desgraça alheia, sentindo-a
como se fora sua, esta família tem sempre o coração aberto à generosidade, e a vontade
disposta a bem fazer».
BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Póvoa de Varzim: Câmara Municipal, Vol.
VIII, nº 1 (1969), p 47-49.
Outras referências:
AMORIM, Manuel – Os Bonitos de Amorim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Póvoa de Varzim: Câmara Municipal, Vol. XII, nº1 (1973), p. 5-23.
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