No dia 16 de Novembro, Dia Nacional do Mar, a partir das 14h30, os utentes do Centro de
Dia da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim irão visionar o filme "Ala-Arriba" de
Leitão de Barros, na Biblioteca Municipal.
A entrada é livre.
Sobre “Ala-Arriba”
É um filme português de longa-metragem de José Leitão de Barros.
Entre a ficção e o documentário - acentuadamente ficcionado –, desenrola-se o romance de
um pescador da Póvoa de Varzim, um sardinheiro, com uma jovem que ele ama. A história é
marcada pelas diferenças sociais e pelo drama da falta de pescado. O filme ilustra os
costumes locais e o mar é protagonista.
Leitão de Barros deu a conhecer ao país na década de 1940 a comunidade piscatória da
Póvoa de Varzim, com seus hábitos culturais muito próprios e antigos. É visto como um
documento importante para a história da cidade da Póvoa de Varzim.
“Ala-Arriba!” é uma expressão poveira que significa "força (para cima)", usada quando a
comunidade, à força de braços, encalhava os barcos na praia. A acompanhar o filme nas salas
de cinema, por altura da sua estreia, era exibido o documentário Póvoa de Varzim. Ala-
Arriba foi o primeiro filme português a obter um prémio internacional, a Taça Biennale do
Festival de Veneza de 1942, dada a sua força dramática e plástica, num estilo inspirado por
Rino Lupo.
O argumento é do prestigiado dramaturgo Alfredo Cortez, baseando-se o autor na obra "O
Poveiro" de António dos Santos Graça para escrever o guião. É um retrato fiel de uma
comunidade, interpretado não por atores profissionais mas por verdadeiros pescadores, que
falam mantendo o seu característico sotaque, mostrando genuínas vivências, o sofrimento das
gentes de uma Póvoa de Varzim, unidos em forte comunidade, mas comunidade fechada,
desunida, dividida em diferentes castas sociais. A história centra-se à volta de uma
história de amor entre uma rapariga lanchã e um sardinheiro. Tem uma dimensão trágica a
vida das gentes da Póvoa, como as da Nazaré, são inconfundíveis as suas tradições.
O filme, pelos apoios financeiros que teve, é uma obra de regime, em pleno Estado Novo.
Foi financiado pelo Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), pelo Comissariado do
Desemprego e pelo Ministério das Obras Públicas.
Filme disponível na secção de audiovisuais da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto.