A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 21 de março como Dia Internacional das Florestas. O dia pretende despertar a atenção para a importância de todos os tipos de floresta. Neste dia comemorativo os diversos países são então encorajados a organizar atividades que envolvam as árvores e as florestas.
Origem e história
No Nebrasca (EUA), em 1872, face à escassez de árvores e florestas, a população decidiu dedicar um dia à plantação de árvores. Inicialmente, a comemoração não tinha um dia fixo.
Muitos países se seguiram nesta iniciativa, tendo a primeira "Festa da Árvore" sido comemorada em Portugal, em 1907, estendendo-se estas comemorações, sobretudo durante o período inicial da 1.ª República, até 1917.
Em dezembro de 1970, no âmbito das comemorações do Ano Europeu da Conservação da Natureza, foi retomada a celebração oficial do "Dia da Árvore", por proposta da então Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas e da Liga para a Protecção da Natureza.
A Festa passou da Árvore à da Floresta quando, em 1971, a FAO estabeleceu o "Dia Mundial da Floresta" com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra. Como consequência, em Portugal, em 1974, foi celebrado o primeiro “Dia Mundial da Floresta”, tendo sido escolhida, como em muitos outros países do hemisfério norte, a data de 21 de março, o primeiro dia de primavera.
Em 30 de novembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que declara o dia 21 de março de cada ano como Dia Internacional das Florestas, encarregando o Secretariado de, em colaboração com os governos e as demais organizações internacionais e da ONU, organizar anualmente as comemorações do Dia Internacional.
Mensagens-chave
As florestas do mundo desempenham um papel central na luta contra as alterações climáticas através da absorção e armazenamento de carbono da atmosfera na sua vegetação e solos.
O carbono armazenado nas florestas (650 000 milhões de toneladas) é quase tanto como o carbono existente na atmosfera (760 000 milhões de toneladas).
As florestas são fundamentais para nos ajudar a adaptar às alterações climáticas, pois ajudam a garantir a disponibilidade de água, protegem contra deslizamentos de terra, evitam a desertificação e fornecem meios de subsistência alternativos para as pessoas.
Proteger as florestas conserva a biodiversidade que é vital para que as plantas, seres humanos e outros animais se adaptem às alterações climáticas.
As florestas desempenham quatro papéis principais nas alterações climáticas:
- a desflorestação, a sobre-exploração e a degradação das florestas contribuem com cerca de um sexto das emissões globais de carbono;
- as florestas são sensíveis às alterações climáticas;
- quando geridas de forma sustentável, produzem combustível lenhoso como uma alternativa favorável aos combustíveis fósseis;
- finalmente, têm potencial para absorver, na sua biomassa, solos e produtos, cerca de um décimo das emissões globais de carbono projetadas para a primeira metade deste século e armazená-las, em princípio, em perpetuidade.