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Vasques Calafate [1890 - 1963]

Vasques Calafate [1890 - 1963]

[ Vibrante Discurso, por João Marques ]

[ O homem poveiro, por J. S. Marques ]

[ Vasques Calafate, por José de Azevedo ]

[ Bibliografia ]

[ Sobre Vasques Calafate ]

[ + personalidades ]

 
Biografia

Vasques Calafate
Por Jorge Barbosa
Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim: Câmara Municipal, Vol. IV, (1980), pp.284-286.

O Dr. Caetano Vasques Calafate nasceu na Póvoa de Varzim, às 01.00 horas do dia 12 de Maio de 1890, na casa hoje n.º 7 do largo que actualmente tem o seu nome (na antiga Ribeira). Filho de José Caetano Calafate, negociante de pescado, da Ribeira, e de Maria Joaquina da Conceição, foi baptizado no dia 15 do mesmo mês e ano, tendo como padrinhos Francisco Pinto de Sousa Vasconcelos, estudante, e Nossa Senhora das Dores, em cuja coroa tocou Isolina Maria da Conceição, irmã do neófito, segundo o seu assento de baptismo, lavrado pelo coadjutor Padre António Soares Lopes (registo n.º 193 do ano 1890) e faleceu em 04 de Dezembro de 1963, com 73 anos, na sua casa da Rua do Doutor António Silveira, n.º 44 e o seu corpo esteve exposto, em câmara-ardente, no Salão Nobre da Domus Municipalis, antes do seu féretro seguir para o Cemitério Municipal.

Era sobrinho-neto de José Caetano Calafate, falecido em 02 de Maio de 1881, também comerciante de pescado e que foi um dos maiores beneméritos da Santa Casa da Misericórdia, à qual deixou um legado de 10 contos de réis, que serviu de base para a fundação do Asilo da mesma Santa Casa.

Vasques Calafate casou em 30 de Janeiro de 1915, com D. Henriqueta Cesarini ou Henriqueta Carmen Felipa, natural de Hervás, província espanhola de Câceres. Licenciado com curso superior de Letras, de Lisboa, foi nomeado Professor Efectivo do Ensino Liceal em 1914, Professor Ordinário do Instituto Superior de Ciências, do Porto, em 1919, e Estatística em 1927; nomeado Professor Ordinário do Instituto Comercial do Porto, em 1933. Tivemo-lo como Professor de Francês, no Liceu Nacional de Eça de Queirós (Póvoa de Varzim), em 1925, no 2.º ano liceal, data da inauguração das instalações provisórias na Fabrica do Gás.

Escritor emérito e distinto, fecundo jornalista e fluente orador, deixou uma vasta obra escrita e dispersa por numerosos jornais (diários de Lisboa e do Porto e semanários locais) e revistas, salientando-se, em muitos dos seus escritos, o mais acrisolado bairrismo. Foi o pugnador número um pela construção do Porto de Pesca da Póvoa de Varzim, paixão que o dominou durante dezenas de anos e desde a sua juventude até à morte. Foi também o amigo número um dos nossos pescadores e a alma-mater da Casa dos Pescadores Poveiros, benemérita instituição que sonhou e depois construiu e à qual deu vida activa, graças à sua pertinácia, persistente tenacidade e férrea vontade de levar ao fim tão arrojado empreendimento, o que conseguiu com pleno êxito.

Esta Casa dos Pescadores foi inaugurada solenemente às 14.00 horas do dia 19 de Agosto de 1928, começando por ter internados «12 asilados da colónia marítima», conforme reza o convite para a solenidade, assinado por António Pedreira, Presidente da Associação Marítima.

Além das suas conferências, discursos e múltiplos e dispersos artigos devemos salientar os seguintes trabalhos: Moral e Religião; Acção Social do Carácter; A propósito de Eça de Queiroz – O Belo e a Verdade; Um herói poveiro – O Cego do Maio; A Festa do Trabalho no Coliseu do Porto; Breves Considerações sobre a Política Financeira de Salazar (Conferências); Optimistas e Pessimistas (ensaios e cronicas); Importância dos Pequenos Portos no Mercado Nacional de Pescarias (tese apresentada ao II Congresso Nacional de Pesca em 1947); Palestras da Semana Colonial; Internacionalização Económica (Esquema da política económica internacional, no período que decorre entre o século XVII e a segunda Grande Guerra); Elementos de História Geral e Económica; O Porto de Pesca da Póvoa de Varzim – Necessidade e justificação da sua construção (tese apresentada no IV Congresso Nacional de Pesca, edição Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, 1955, opúsculo de 35 páginas), Vocação Colonizadora dos Portugueses (1961); Verbo, Vigor e Acção, antologia póstuma compilada por seu filho Tenente Coronel Luís Calafate, volume de 494 páginas (Porto, 1967).

O último artigo escrito pelo Dr. Vasques Calafate, foi publicado no semanário local «O Comércio da Póvoa de Varzim» de 7 de Dezembro de 1963 – o mesmo número que noticiava a sua morte – e intitulava-se Dr. Josué Trocado; nele salientava e enaltecia os relevantíssimos serviços prestados à Póvoa pelo Dr. Josué, não só como fundador e director do Orfeão Poveiro, mas também, e sobretudo, como dinamizador e valioso impulsionador de todos os grandes anseios da nossa terra, junto dos poderes públicos, particularmente durante a sua longa permanência em Lisboa.

Por ocasião do falecimento do Dr. Vasques Calafate, escreveu-se no jornal «O Comércio da Póvoa de Varzim» 7 de Dezembro de 1963:
«…Está ainda bem patente na memória dos mais velhos a campanha que encetou e levou a cabo nestas colunas para construção da Casa dos Pescadores Poveiros – a primeira de Portugal, que serviu de molde para outras que depois se edificaram.
Esse sonho – pois a principio não passava de sonho – foi convertido em realidade palpável…
E que dizer dessa outra formidável campanha de maior projecção que sustentou na imprensa diária de Lisboa e do Porto, para a construção do nosso porto?


Depois de uma luta porfiada e de se valer de argumentos – e tantos tinha a seu favor – para mostrar a justiça que cabia à Póvoa e aos seus destemidos pescadores, conseguiu finalmente, que o Governo por intermédio do Ministério das Obras Públicas, estudasse o assunto em profundidade e pusesse, depois, a obra a concurso.

Infelizmente o Dr. Vasques Calafate morreu sem ver este sonho realizado – o maior sonho de toda a sua vida» (artigo não assinado mas que supomos ser da autoria de Manuel Agonia Frasco).

No semanário «Ala Arriba», da mesma data, pode ler-se:
«…. Dos seus lábios saía sempre a palavra oportuna, a encorajar-nos numa luta que é afinal a de todos os poveiros de boa vontade!
Por isso sentimos profundamente este seu desaparecimento.
É mais um vulto ilustre que perdemos na esteira duns quantos que à Póvoa e ao seu futuro consagram o melhor das suas vidas e do seu generoso esforço. E é infelizmente, uma muito deprimente verdade constatar que homens destes já não despontam nas gerações mais novas. Vasques Calafate foi um dos grandes da Póvoa. E estamos seguros de que esta terra haverá de sentir no decurso de muitos anos ainda, a falta deste grande homem, honesto e bom, que nada quis para si, e antes, tudo queimou na fogueira ardente dos seus ideais puros e alevantados! R.V.» (Rodgério Viana).

O mesmo jornal no seu número de 17 de Julho de 1965, tem um artigo de Silva Ribeiro, intitulado Um Homem – Um exemplo – Dr. Vasques Calafate, chamando-lhe um «Poveiro Ímpar».

Aquando da inauguração do seu monumento (19 de Setembro de 1965), o «Ala Arriba» de 18 do mesmo mês e ano, publicou excertos de uma sua autêntica antologia, com trechos de O Crente e o idealista, o Humanista e Filósofo, o Crítico literário, o Prosador e literato, o Jornalista e poveiro infatigável, o realizador e o filantropo, o Economista, o Orador de raça.

Num seu In Memoriam, escrito pelo Dr. Luís Rainha, no mesmo jornal e na mesma data, realça-se «o infatigável batalhador, o idealista, o poveiro de antes quebrar que torcer, o intelectual honesto» e presta-se homenagem «ao humanista, ao filósofo e ao pedagogo, ao jornalista e homem de letras, ao crítico literário, ao economista e ao poveiro íntegro», com «inteligência multiforme».

«O Comércio da Póvoa de Varzim» de 18 e de 25 de Setembro de 1965 rememora a personalidade do Dr. Vasques Calafate, em artigos de Manuel Agonia Frasco, Reival (Virgínia Gonçalves Ribeiro), Prof. L. Alves Monteiro, Branca Cruz, Padre João Marques, Alípio Oliveira, João da Várzea (M. Agonia Frasco) e Luís Calafate.




 
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